segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Tranquilizantes


Diga adeus à ansiedade. Os grandes laboratórios farmacêuticos interessados no faturamento construíram a crença de que podemos e devemos viver sem ansiedade. Esta falsa idéia foi assimilada por alguns médicos e pelo público em geral, promovendo a ida dos ansiosos aos consultórios em busca do remédio milagroso. Entretanto a ansiedade pode ser uma emoção saudável e necessária a uma boa adaptação do indivíduo ao meio, sendo, muitas vezes, um aviso do organismo indicando que algo precisa ser feito para modificar a vida.
Os tranquilizantes têm sido usados há milênios. O primeiro deles, e que continua a ser consumido, é o álcool. Atualmente, a cada dia mais, diversos outros calmantes são lançados no mercado para alegria dos consumidores aflitos. Uma estatística da Organização Mundial de Saúde, publicada há alguns anos, mostrou um consumo anual de 500 milhões de psicotrópicos no Brasil. Desses, 70% eram ansiolíticos, ou seja, medicamentos para diminuir a ansiedade, apreensão, tensão ou medo. Muitas pessoas só dormem após tomarem seu sedativo preferido e, para suportar o dia desagradável que virá, ingerem mais outro calmante diurno. Alguns usam os tranquilizantes para viajar de avião, dançar, namorar, transar, dar aulas, casar, isto é, as atividades que podem acarretar certo grau de intranquilidade.
Os ansiolíticos são ingeridos puros ou misturados com bebidas, usados junto a moderadores de apetite, as drogas anti-colinérgicas (os chamados anti-distônicos); alguns estão embutidos nos medicamentos antidepressivos, fortificantes, vitaminas, diuréticos etc. As bulas acerca dos calmantes , geralmente, são mentirosas; descrevem muito mais os “bons” resultados do que os “maus”: muitas não relatam a dependência após um curto período de uso, a diminuição da capacidade psicomotora, o aumento do cansaço, a diminuição da memória, a piora dos sintomas após a sua interrupção (ansiedade rebote) e o risco de seu uso nos idosos e crianças. Uma curiosidade: os que têm menos conhecimentos acerca de seus “excelentes efeitos terapêuticos”, como os pacientes mais humildes dos ambulatórios, beneficiam-se pouco com seu uso.
Como a população brasileira tem estado intranquila com respeito ao futuro do país, conclamo o governo a distribuir essas drogas milagrosas para todos nós, em lugar de gastar dinheiro com alimentos, moradias, empregos e assistência médica. Com o povo calmo, os governantes poderiam usufruir o encantamento do poder. Cada cidadão teria direito de uma a três doses diárias, conforme sua ansiedade, este, uma vez embriagado com o efeito do calmante, não mais faria greve, não mais amolaria o pobre governo com reclamações tolas e injustas. Ingerindo sua dose diária de ansiolíticos as pessoas viveriam e morreriam calmas, talvez, quem sabe, até felizes.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Saúde mental: ação pede novos leitos.

A ação judicial determina redução de espera por atendimento no Hospital de Saúde Mental de Messejana.
Defensoria Pública da União do Ceará (DPU/CE) entrou com um novo pedido de cumprimento da ação judicial que determina redução do tempo de espera de atendimento no Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSMM). Segundo a determinação, é preciso que sejam tomadas providências para que a espera por atendimento não ultrapasse seis horas; que novos leitos sejam disponibilizados também em outras unidades de saúde e que medidas sejam tomadas para um tratamento adequado aos pacientes.

O pedido judicial, protocolado à 6ª Vara Federal, foi proferido há um ano, por decisão liminar. Em maio deste ano, a sentença foi mantida pelo tribunal da 5ª Região. Segundo a DPU/CE, a decisão está sendo descumprida. A ação civil pública partiu de denúncias feitas pelos próprios médicos do hospital, que se sensibilizaram com o estado a que se submete quem busca atendimento. 
Segundo o diretor geral do hospital, Marcelo Theophilo Lima, o problema não está no tempo de atendimento, mas no tempo de espera para internação, que, em outubro último, apresentou uma média de 25 horas. “As pessoas confundem espera por atendimento com espera por internação. Eu tenho uma limitação física. Familiares que chegam à nossa emergência trazendo um paciente com surto psicótico, por exemplo, não podem voltar para casa. Eu entendo, e ficam aqui, nas dependências do hospital, aguardando vagarem leitos. Aí, é que entra o estado desumano a que se submetem. Não temos como internar todos, mas também não tenho como dizer vá para casa e espere lá. Não é fácil lidar com pacientes em surto”, justifica Marcelo.

Ele põe em questionamento também a lei estadual nº 12.151, que dispõe sobre a extinção progressiva dos hospitais psiquiátricos. Pelo art. 1º fica proibida “a contratação e financiamento (...) de novos leitos naqueles hospitais”. “Como gestor público não posso descumprir a lei, não está na minha governança criar novos leitos. Mas admito que o juiz tem razão. A lei é absurda, precisa ser revista, até revogada”, defende.

Marcelo explicou que, a partir de maio, tentou se adequar à decisão judicial, criando uma estrutura emergencial, que comporta, atualmente, 14 pacientes, “com todo aparato necessário ao tratamento dos pacientes, mas ainda precário”.

O POVO procurou a titular da Coordenadoria da Saúde Mental do Município, Rane Félix, responsável pela estruturação de leitos nos hospitais da Capital, mas as ligações não foram atendidas. Tentou-se falar também com o defensor público Feliciano de Carvalho, responsável pelo pedido da ação, mas ele não foi localizado até o fechamento desta edição.

ENTENDA A NOTÍCIA

DPU/CE pede cumprimento da ação judicial que determina diminuição no tempo de espera para internações psiquiátricas no Hospital de Messejana. Gestor do hospital diz que problema está na espera por internação.

Saiba mais

O HSMM possui capacidade de internação para 180 pacientes. Existem também

60 pacientes recebendo tratamento em situação classificada como “hospital-dia”, em que passam o dia no hospital e pernoitam em casa.

De janeiro a agosto de 2012, a emergência do HSMM realizou 10.108 atendimentos.

Atualmente, além do HSMM, mais duas unidades atendem pacientes psiquiátricos em Fortaleza: Hospital Nosso Lar, privado, e Hospital São Vicente de Paulo, filantrópico.

Os critérios de internação são risco ao paciente, risco a terceiros, baixo suporte familiar e baixa adesão ao tratamento.
(situação financeira).

A esquizofrenia é o transtorno mental mais prevalente nas internações.

Jornal O POVO.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Tratamentos psiquiátricos


Dicas sobre o tratamento psiquiátrico.
O tratamento psiquiátrico, do meu ponto de vista, começa mesmo antes de o paciente chegar. Apresentar um consultório aconchegante, agradável, com cores tranquilizantes, com decoração simples, ventilado, já é reconfortante para quem chega com qualquer tipo de sofrimento. A maneira como se é recepcionado, assim como a confiança do profissional que irá atender o paciente é um dos fatores observados pelos familiares e pelo próprio paciente na hora da consulta.
O tratamento psiquiátrico é o resultado final de uma consulta que demora conforme cada caso. Por isso é importante a coleta das informações a respeito da sintomatologia apresentada e o que motivou a consulta. Este processo é chamado de anamnese. Dados como antecedentes pessoais, dos familiares consanguíneos  exame físico, às vezes o exame neurológico, e por fim, o exame psíquico auxiliará o psiquiatra a interpretar todos estes dados levando-o à formulação de uma hipótese diagnóstica. Com isto pronto, a conduta médica ou tratamento terá início. É muito comum imaginar que o médico psiquiatra, por ser médico, já indicará o uso de alguma medicação. Isto não é de todo correto.
Algumas patologias têm a indicação de tratamento psicoterápico como o pilar do tratamento, enquanto que a medicação fica num segundo plano. Em casos moderados e/ou graves é evidente a necessidade da intervenção biológica do tratamento ou o uso de medicação psicotrópica ou mesmo a internação em clínica especializada. Casos como a "Depressão" utilizam-se antidepressivos e, algumas vezes e por um curto período de tempo, os benzodiazepínicos para reduzir a ansiedade (conhecidos como remédios de faixa preta). Nos casos de "Psicoses" utilizam-se os antipsicóticos. Nos quadros de "Ansiedade" é comum o psiquiatra optar pelo uso de antidepressivos em detrimento dos benzodiazepínicos pelo risco destes induzirem a uma dependência à medicação após longo período de uso.
É evidente que cada tratamento deve ser personalizado, pois o que pode dar certo num paciente pode não ser eficiente em outro. Isto não há como prever. Cada organismo reage de uma maneira diferente às substâncias utilizadas, assim só se saberá se o tratamento deu certo após algum tempo de uso da medicação, o que poderá variar conforme a substância. Por exemplo, os antidepressivos demoram em apresentarem seus efeitos terapêuticos, mas demonstram suas reações adversas com mais rapidez. Os benzodiazepínicos e antipsicóticos têm uma ação mais rápida.
Esclarecer ao paciente e seus familiares sobre os efeitos colaterais e terapêuticos, explicar com detalhes o quadro psíquico, assim como o plano de ação terapêutica é muito importante. Abordar os efeitos terapêuticos assim como os indesejados dos medicamentos é mais importante ainda.
Os pacientes nunca devem suspender ou descontinuar o seu tratamento sem orientação médica, mesmo que já estejam se sentindo bem. É comum a recaída ou recorrência do quadro quando isto não é realizado de maneira adequada comprometendo todo o tratamento. O custo direto (sofrimento pessoal) e indireto (sofrimento familiar, trabalho, p. ex.) das recaídas é muito alto. Somam-se a isto os sintomas de descontinuação produzidos pela falta da medicação.
 Vale lembrar que o folclore popular pode prejudicar o tratamento por deturpar informações ou fornecer concepções errôneas e preconceituosas comprometendo a aderência ao tratamento. Frases como: "uma conhecida de uma amiga minha tinha a mesma coisa..." já é uma indução à crendice. Cada caso é um caso. Esta é uma máxima da Medicina. Não existem casos iguais. O médico tem que estar preparado para não se deixar seduzir pelo desejo do paciente ou de seus familiares por soluções instantâneas ou mágicas. Isso não existe. Tudo é um processo que leva um tempo. Esse tempo varia de pessoa para pessoa.
Uma outra crendice é aquela onde se ouve: "você vai ficar dependente do remédio...". Ora, quando alguém tem pressão alta ou diabetes ninguém faz esse comentário, muito pelo contrário. Mas quando se trata de medicamentos psiquiátricos esta frase é muito comum ser ouvida. O remédio é uma necessidade para uma determinada situação, que tanto pode ser transitória ou permanente. O que vai determinar que o indivíduo tenha a possibilidade de voltar a ser àquela pessoa que era antes de ficar doente muitas vezes será o uso ou não da medicação, pelo tempo que for necessário. Isso não é dependência, é necessidade! È claro que ninguém gosta de tomar remédio, nem os médicos! O mal uso dos medicamentos, ou seja o seu uso sem necessidade alguma mesmo, isso sim pode levar a uma dependência que é mais psicológica do que outra coisa.
Sempre que houver alguma dúvida, anote e leve a seu médico na próxima consulta. Não tenha vergonha de perguntar, ele está ai exatamente para lhe esclarecer.
Nos dias atuais um tratamento psiquiátrico particular tem um custo muito elevado, isso faz com que muitas famílias acabem desistindo de tratamentos muito importantes. Agora isso não será mais preciso, pois existem alguns centros gratuitos que disponibilizam estes tipos de serviços.
Quem faz as sessões de psiquiatria é um médico que se especializou em psiquiatria que é o estudo da mente e de problemas que acometem o sistema nervoso central. Ele tem como objetivo a prevenção, diagnóstico e tratamento de transtornos mentais.
Algumas doenças mentais que este tipo de profissional atende são, por exemplo, depressão, esquizofrenia, transtornos bipolares e até mesmo transtornos por ansiedade. Assim o psiquiatra tem como principal objetivo aliviar e amenizar os sintomas e sofrimentos causados por determinada doença.
Para que então a população possa ter maior facilidade ao acesso á centros de tratamentos gratuitos, fundou-se o CAPs, que são os Centros de Atenção Psicossoal, estas são instituições extra-hospitalares disponibilizados de forma gratuita á toda a população.
Nestes centros você poderá contar com Terapeutas Ocupacionais, Enfermeiros, Psicólogos, Psiquiatras e Assistentes Sociais de prontidão para atender todas as necessidades de seus pacientes.
Estes centros estão espalhados por todo o território brasileiro, onde sua principal função é: prestar atendimento psiquiátrico diariamente, organizar a rede básica de atenção á saúde mental, dar apoio às pessoas com problemas mentais e dependentes juntamente ás suas famílias e por fim possibilitar á estas pessoas a reinserção social, inclusive para o trabalho.

















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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dependências afetivas e emocionais


A dependência emocional é um dos aspectos que facilmente identificamos nos outros, mas raramente em nós mesmos. Quando alguém nos conta sobre seu relacionamento afetivo, imediatamente percebemos a dependência de um dos parceiros, ou até mesmo, de ambos. Mas será que somos dependentes e não percebemos?
Nem sempre uma pessoa dependente necessita do outro para tudo. Muitas vezes consegue ter independência financeira, mas é na parte emocional que encontra maior dificuldade em cuidar de si própria. Em geral, uma pessoa dependente tem como características principais pouca confiança em si mesma e baixa autoestima, e o foco está em ser cuidada e protegida, sempre dependendo da aprovação, reconhecimento e aceitação do outro, por não ter consciência de seu valor pessoal. Acredita que precisa do outro mais do que de si mesma.
O desejo inconsciente de que alguém cuide de nós podemos nos sujeitar a várias formas de dependência psíquica. Ser dependente é como pedir, ou muitas vezes, implorar: cuide de mim, pois eu não consigo, em todos os sentidos. Dificilmente uma relação verdadeira e autêntica suporta isso por muito tempo, pois qualquer relação deve ser baseada em trocas equivalentes e supõe pessoas inteiras, e como a pessoa dependente não consegue ter essa percepção de si mesma, acaba por gerar muitos conflitos.
 A dependência emocional pode causar muitos conflitos nos relacionamentos. É um sinal de muita carência e, acima de tudo, a necessidade de amor, principalmente o amor por si mesmo. A dependência faz parte do ser humano. A dependência emocional por gerar muito sofrimento e pode levar a outras dependências, como drogas, álcool, tabaco, sexo ou outras formas de compulsão, pois o dependente emocional está sempre em busca de que algo ou alguém preencha seu vazio.
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, a dependência é catalogada como Transtorno da Personalidade Dependente, uma necessidade excessiva que leva a um comportamento submisso e aderente e ao medo da separação. Os comportamentos dependentes e submissos visam obter atenção e cuidados e surge de uma percepção de si mesmo como incapaz de agir adequadamente sem o auxílio de outras pessoas. Utilizamos o termo dependência quando uma pessoa recorre continuamente a alguém para ser ajudada, guiada, sustentada na satisfação das próprias necessidades e não no desejo saudável de querer que o outro esteja ao seu lado.
 Para que seja considerado um transtorno é preciso identificar ao menos cinco dos seguintes critérios:
 - dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem pedir os conselhos de outras pessoas;
 - necessidade de que os outros assumam a responsabilidade pelas principais áreas de sua vida;
 - dificuldade em discordar dos outros, pelo medo de perder apoio ou aprovação;
 - dificuldade em iniciar projetos ou fazer algo por conta própria, por falta de confiança em sua capacidade e não por falta de energia ou motivação;
 - chega a extremos para obter carinho e apoio dos outros, a ponto de se oferecer para fazer coisas desagradáveis;
 - sente desconforto ou desamparo quando só, por sentir-se incapaz de cuidar de si próprio;
 - busca um novo relacionamento urgente como fonte de carinho e amparo, quando um relacionamento íntimo é rompido;
 - medo exagerado de ser abandonado.
A dependência emocional mostra uma pessoa fragilizada, fraca e carente, que pode causar muitos desequilíbrios em qualquer tipo de relacionamento. A dependência emocional é mais evidente na relação afetiva entre casais, mas também podemos encontrá-la entre pais e filhos, ou entre amigos. O assunto é tão sério que uma pessoa dependente pode fazer sacrifícios extraordinários ou tolerar abuso verbal, físico e até sexual, para evitar ser abandonada.
 Os pais, avós, professores, têm um papel importante na formação e educação de todos nós; crianças que se sentiram abandonadas, rejeitadas, não amadas, tendem muito mais a dependerem do amor de outra pessoa, e vivem isso como condição de sobrevivência.
 Pais superprotetores podem criar filhos dependentes quando adultos. Quem nunca precisou fazer nada por si mesmo, encontrando tudo pronto por pais que queriam acima de tudo suprir todas suas necessidades, com certeza encontrarão muita dificuldade em tornar-se independente. Pais que demonstram amor e confiança naquilo que a criança faz, com certeza quando adulta ela será muito mais segura de seu valor e muito menos dependente da aprovação e amor do outro.
 Mesmo quando adultos desejamos ser protegidos por alguém, não no sentido material, mas principalmente no sentido de apoio emocional. Muitos acreditam que, a qualquer momento, em qualquer situação extrema, poderão contar com o socorro de alguém mais sábio e mais forte, o eterno salvador, incapaz de impedir seus fracassos. Desejar proteção é muito diferente da dependência doentia, que faz com que a pessoa mantenha uma relação mesmo que seja destrutiva, que a faça sofrer, chorar.
O primeiro passo para diminuir a dependência é ter consciência de seu comportamento, conhecer-se. Para conseguir realizar um processo de autoconhecimento e com isso, ter a percepção de seu valor, muitas vezes é preciso recorrer à psicoterapia com um profissional de sua confiança. Para abandonar a dependência é necessário identificar em que áreas de sua vida ela se faz presente e de que forma está comprometendo e causando conflitos em suas relações. O importante é se questionar sempre, analisando quando a dependência se torna um fato negativo, que cega e impede de crescer interiormente, tornando a existência um vício da presença do outro. Aprove-se mais, ame-se muito mais e dependa especialmente de você!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

10 de Outubro Dia Mundial da Saúde Mental


São cerca de 450 milhões de pessoas que em todo o mundo sofre de algum tipo de perturbação mental ou de conduta. Entre elas, a depressão é a que maior percentagem ocupa, e é já considerada a maior causa de incapacidade, temporária ou permanente. Verificou-se ao longo das últimas décadas, principalmente no mundo ocidental, mudança de paradigma demasiado rápida para a qual não houve tempo para as pessoas se adaptarem. Quem apanhou o comboio, tudo bem, quem não o apanhou foi atropelado por ele. Estas mudanças ocorreram no sentido de aumentar as exigências e as preocupações: já não basta trabalhar, têm que se ser o melhor, mais produtivo, novos métodos de ensino preparam as crianças e os jovens para um mundo agressivo, onde o que têm que fazer é competir para sobreviver, ter saúde tornou-se quase uma moda. Portugal tem um Plano Nacional para a Saúde Mental. Mas só funciona quando as doenças já estão adquiridas. É um bom começo, mas o foco está no aspecto terapêutico, quando devia estar também no preventivo. Prevenir parece se coisa com que ninguém está preocupado.
O Dia Mundial da Saúde Mental, que se comemora a 10 de Outubro, foi instituído justamente para que as pessoas tomem mais consciência da dimensão deste flagelo. O tema para este ano é "Depressão: uma crise global". Nesta altura em que tanto se fala de crise a todos os níveis, vinha mesmo a calhar. Por todo o país irão ser tomadas iniciativas como seminários, colóquios, entre outros de expressão mais lúdica.
Portugal tem um Plano Nacional para a Saúde Mental. Mas só funciona quando as doenças já estão adquiridas. É um bom começo, mas o foco está no aspecto terapêutico, quando devia estar também no preventivo. Prevenir parece se coisa com que ninguém está preocupado.
Esperamos que não seja só neste dia que se reflita sobre este tema. Ele está de tal forma presente na nossa sociedade que se cala justificaria que se fizesse o mesmo nos outros 364.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Por que devo me tratar com um psiquiatra?


A psiquiatria é a especialidade médica que estuda e trata as doenças que acometem os sentimentos, as emoções, o comportamento e a personalidade da pessoa. O psiquiatra detém o conhecimento e a experiência para tratar dos transtornos mentais. Ele estudou psicopatologia (ciência que estuda os fenômenos psíquicos) e adquiriu em sua formação as ferramentas necessárias para um bom exame psíquico, essencial na formulação das hipóteses diagnósticas.
Como um bom cardiologista, que depende de um ouvido apurado para reconhecer os sons do coração, o psiquiatra possui o ouvido e o olhar treinados para perceber os sentidos do comportamento e do pensamento humano. Pelo exame é possível observar como pensamentos, emoções, percepções, comportamento, consciência e vontade se integram e como se relacionam com o ambiente do indivíduo. É como numa orquestra sinfônica ser capaz de distinguir e analisar cada instrumento para compreender o todo.

Valendo-se de sua observação e experiência clínica com outros pacientes, o psiquiatra utiliza essas ferramentas para formular suas hipóteses diagnósticas e propor um tratamento, que pode envolver da psicoterapia à necessidade de medicamentos.

Por sua formação médica o psiquiatra é capaz de diferenciar quadros mentais orgânicos, decorrentes de outras doenças médicas, de quadros psiquiátricos puros. Ele pode se aprofundar no estudo das neurociências e adquirir conhecimento sobre a cognição, que tem estreita relação com os transtornos psiquiátricos e neuropsiquiátricos. Esta é mais uma ferramenta que auxilia no diagnóstico e no tratamento.

As habilidades do psiquiatra são fundamentais também no decorrer do tratamento. Ele precisa ter sensibilidade para perceber as mudanças, ainda que sutis, do psiquismo quando ele prescreve um medicamento. Estas mudanças não só revelam o efeito do tratamento em si, como também são preciosas para a compreensão diagnóstica e da problemática psicossocial do paciente.

Por isso o diagnóstico psiquiátrico e o tratamento requerem tempo, dedicação e muita disponibilidade para atender o paciente e a família. Os detalhes da história da pessoa e da família, a observação psicodinâmica e psicossocial e o estabelecimento de uma boa relação médico-paciente são essenciais para este percurso.

A psiquiatria é uma das especialidades médicas que mais avançou nas últimas décadas. Junto com a oncologia é a especialidade que mais evoluiu do ponto de vista farmacológico. Mais de 80% dos medicamentos utilizados atualmente na psiquiatria foram desenvolvidos nos últimos 25 anos, o que para a medicina é considerado pouco tempo e uma grande evolução. Com os avanços no campo das neurociências, evolui com rapidez a compreensão sobre a biologia dos transtornos mentais. Isto exige do psiquiatra uma atualização constante e muita dedicação.

Da mesma forma que ninguém discute procurar um cardiologista diante de um sintoma cardiovascular ou um gastroenterologista diante de uma doença do aparelho digestivo, não se deveria titubear na hora de procurar um psiquiatra para tratar de algum sintoma emocional ou do comportamento. Porém, em decorrência do estigma na sociedade, muitos pacientes demoram décadas para chegar ao psiquiatra, muitas vezes sofrendo com as complicações de sua doença, justamente por não ter vencido a barreira inicial do preconceito.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O PODER DOS PENSAMENTOS

Você é literalmente aquilo que pensa, portanto, é melhor aprender a usar o poder da mente. Para ajudar nessa tarefa, e fazer da sua consciência sua maior aliada, vejamos a seguir.


Seja o desejo de comprar uma casa ou a vontade de se aventurar em uma sonhada viagem, todos estamos em busca de algo que nos preencha e nos torne felizes. E se, por um lado, a batalha para atingir resultados positivos é árdua e compensadora, por outro, sabe-se que o pensamento tem força para atrair tudo o que desejamos. Para desmistificar as principais dúvidas sobre a Lei da Atração, algumas explicações de um professor e especialistas em PNL (Programação Neurolinguística).

Nosso pensamento é capaz de transformar a realidade?
Sim, mas eu diria que transforma a maneira como encaramos o que para nós é a realidade. Há uma pressuposição neurolinguística que diz: “não interagimos com a realidade, mas com a representação interna que temos dela”. Há uma estreita relação entre pensamento, emoções, ações e atitudes, e, por consequência, o resultado que obtemos. Quer um segredinho? Reaja sempre melhor e sua vida também começará a melhorar e, assim, transformará sua realidade. Fique atento a três itens: palavras, pensamentos e ações.

O que é necessário ter em mente para que a realidade se transforme?
A melhor forma é alterar as crenças. Se você acredita que o mundo está violento, só encontrará isso em seu caminho; se acreditar que há pessoas maravilhosas e colaboradoras, encontrará muitas delas por aí. A verdade é que “aquilo que se procura, inevitavelmente, se encontra”.

Como se dá essa transformação? Isso se faz por meio de exercícios?
Exatamente. Somos criaturas de hábitos, e podemos dominar a mente da mesma forma que dominamos nossa mão. Assim, poderemos usá-la em benefício próprio, criando bons hábitos mentais, de reação, de atitudes melhores, aprimorando-nos sobretudo na arte de amar e de viver. Pratique, escolha qual o melhor caminho para seu aperfeiçoamento.

Essa transformação tem alguma relação com a Lei da Atração?
Sem dúvida. A questão é simples: o que colhemos? Apenas o que plantamos. Acontece que certas semeaduras ocorrem em planos mais sutis e subconscientes, e por isso é crucial que nos conheçamos mais. Nem tudo é tão fácil como gostaríamos e isso é bom, porque só evolui quem oferece algum sacrifício de coração verdadeiro. Muitos pensam em receber apenas, mas o real segredo está em se doar.

Como funciona a Lei da Atração na prática?
Os pensamentos influenciam as emoções, sensações e sentimentos. Eles influenciam nosso sistema nervoso e começamos a programar e reprogramar de maneira mais simples e ter maior domínio sobre a vida. Assim, temos atitudes mais humanas e superiores, ou seja, divinas. Se nutrirmos bons pensamentos, sentimentos de amor, compaixão e paz e tomarmos atitudes diferentes e melhores a cada dia, certamente tudo isso voltará a nós.

O poder do pensamento positivo já é uma constatação? Ciência e medicina já comprovaram os benefícios que ele pode trazer?
Sim, tal poder é cientificamente provado. Um exemplo disso é o uso da meditação e da respiração. Em estado hipnótico, a mente queima a pele como se houvesse um objeto em alta temperatura tocando-a, ainda que este objeto seja apenas uma caneta em temperatura normal. Certos monges tibetanos permanecem sobre a neve e não sentem frio apenas com o poder da concentração e muita prática bem orientada por um mestre. Logo se vê que a ciência tem seus limites, diga-se de passagem, impostos por si própria. O termo “incurável” deveria ser mais exato, pois o correto é dizer “incurável pelo ângulo da ciência”, mas pode ser diferente por outros.

Quais as consequências de pensamentos positivos e negativos?
São várias consequências, mas eu diria que mais importante do que pensamento positivo é o pensamento poderoso. O pensamento positivo é apenas uma tentativa de se enganar, e, portanto, não funciona. Já o pensamento poderoso é uma declaração, uma ordem expressa ao seu subconsciente. Enquanto o pensamento negativo é, por sua vez, uma declaração corrosiva. Infelizmente, ele também funciona e sua função é obedecer à ordem dada. O livro O segredo das mentes milionárias (de T. Harv Eker, editora Sextante) é uma forma de se aprofundar e realizar exercícios práticos.

As pessoas que acreditam no sucesso costumam se dar bem em tudo o que fazem. Por que isso acontece?
Justamente por isso: elas acreditam no sucesso. E por acreditarem, todo o seu ser passa a encarar aquilo como real, como se o mundo real fosse o que ela pintou internamente. Lembrem-se: não interagimos com a realidade, apenas com sua representação interna. Uma crença poderosa é uma importante aliada. Cabe a cada um escolher ter aliados ou soldados contra si próprio. Há dois mundos estreitamente ligados – o interno e o externo – e o que acontece em um reflete-se em outro. Primeiro mude seu mundo interior e cultive isso diariamente e, logo, os frutos começarão a aparecer.

Nosso cérebro pode ser programado do jeito que quisermos?
Sem dúvida. E querendo ou não, fazemos isso o tempo todo. Essa programação se dá em diversos níveis, fazendo mais declarações poderosas em vez de apenas tentar se enganar com pensamentos positivos. Por exemplo, se alguém diz “eu acredito que vou vencer”, logo vem uma voz em seu interior e diz “duvido!”. Vejam a diferença. Se você declarar, por outro lado: “há muita riqueza no Universo e eu estou neste Universo rico!”, estará assim cada dia mais nutrindo este pensamento e consequentemente começarão a aparecer riquezas para você. Estude, aperfeiçoe-se, pratique exercícios da neolinguística, meditação, religião ou filosofia com seriedade, sem fanatismo e misticismo doentio, pois nada se consegue sem esforço.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mantenha a mente ativa

Tão importante quanto fazer atividades físicas é exercitar o cérebro para garantir mais qualidade de vida.  

Academias lotadas, gente malhando. A estética do corpo tornou-se a principal preocupação de nove entre dez pessoas. Mas, seja gordo ou magro, não é só o fator físico que deve ser levado em consideração quando se pensa em qualidade de vida. Também o cérebro não só precisa como deve ser constantemente trabalhado. Manter a mente ativa é um dos caminhos para se viver bem.
“É preciso exercitar nosso cérebro e, para isso, pode-se realizar diferentes atividades que estimulem seu funcionamento”, recomenda a psicóloga Adriana Takahashi. “Da mesma maneira que mantemos a linha praticando exercício físico, o cérebro também precisa de atividade para ficar em forma”, explica.
Adriana enumera várias atividades para exercitar a cabeça e que ajudam a aliviar as tensões do dia a dia. São procedimentos simples e que podem ser feitos em casa, a qualquer hora. “Ler livros, praticar o raciocínio e a memória por meio de jogos, fazer esporte, desenhar e alimentar-se bem são apenas alguns deles. Tudo isso contribui para aliviar também o estresse e a ansiedade, que são os fatores que mais prejudicam o indivíduo, pois afetam diretamente a cognição. Ou seja, nossas capacidades de concentração, memória e raciocínio ficam comprometidas”, afirma à psicóloga.
Conscientizar as pessoas para a importância de ativar a mente é a proposta do projeto Cérebro Melhor, cujo site foi lançado em 2010. De acordo com Ricardo Marchesan, um dos idealizadores, os exercícios foram desenvolvidos na forma de jogos que ajudam a melhorar a capacidade de memória, a atenção, linguagem, raciocínio lógico e visão espacial. O site disponibiliza gratuitamente algumas dessas atividades.
Adriana Takahashi afirma que qualquer exercício que estimule o cérebro é válido para todas as pessoas. Contudo, ela salienta que maiores dificuldades são encontradas pelos moradores das grandes cidades. “Não existe idade ou tempo certo para manter a mente saudável. Porém, sabemos que quem vive em grandes metrópoles o estresse é praticamente inevitável. Mas algumas atitudes simples ajudam a aliviar as tensões. No trânsito, por exemplo, ouça música, leia um livro, cante. Também se auto proporcione momentos de lazer e bem estar, vá ao parque para apreciar a natureza, faça viagens, vá ao cinema, saia com os amigos. O importante é tentar manter a mente, o corpo e a psique em harmonia”, recomenda Adriana.
Marchesan tem a mesma opinião de que não há idade para começar a ativar a mente. “Qualquer pessoa, mesmo uma criança, já pode fazer exercícios para o cérebro, pois terá benefícios futuros”. Citando pesquisas, ele afirma que é na faixa dos 40 a 50 anos que as pessoas começam a notar que a cabeça já não está tão ágil como de costume. “Nessa fase, a perda cognitiva já se tornou mais perceptível. Então, o ideal é começar a se preocupar com seu cérebro desde cedo”.
Para as pessoas que sempre trabalharam e que agora estão aposentadas, a recomendação é continuar com alguma atividade. “Quando a pessoa trabalha, ela geralmente recebe uma grande dose de estímulos cognitivos diários no próprio ambiente da empresa. Porém, quando ela se aposenta, esses estímulos cessam abruptamente e o cérebro, assim como um músculo, começa a regredir. Então, torna-se ainda mais importante para a pessoa manter seu cérebro estimulado”, explica Marchesan.
Pesquisas comprovam que o cérebro tem a capacidade de melhorar a qualquer momento. Como outro músculo do corpo, este órgão, se não for usado, tende a se atrofiar. Para que isso não ocorra só há um caminho – trabalhar constantemente seu funcionamento.

Recomendações importantes para ativar a nossa mente.
Engana-se quem pensa que as atividades para o cérebro são só para pessoas idosas. Devem ser praticadas desde pequeno e não envolvem apenas exercícios, mas também cuidados com a saúde. Confira cinco dicas para ter a mente ativa.

Sono
Estado em que o cérebro analisa e consolida todas as novas informações adquiridas durante o dia, armazenando-as como memória. Desta forma, um bom sono é o principal elemento para um melhor desempenho cerebral.

Alimentação
Uma alimentação balanceada, além de fazer bem para o corpo, também beneficia o cérebro. O omega-3, a vitamina B e os antioxidantes são importantes para a saúde cerebral, conforme pesquisas científicas.

Relaxamento
Controlar o estresse e praticar a meditação trazem benefícios ao cérebro. A meditação, por exemplo, engrossa as partes do córtex cerebral, responsável pela tomada de decisão, atenção e memória.

Exercícios físicos
A prática diária de exercícios apresenta melhorias no desempenho cerebral, conforme alguns estudos. O bom funcionamento do sistema cardiovascular, por exemplo, garante a irrigação sanguínea do cérebro.

Estímulo cognitivo
Realizar o treinamento cerebral ajuda, e muito, a melhora das habilidades cognitivas.

sábado, 4 de agosto de 2012

Como controlar a ansiedade e diminuir o medo injustificado: Enfrentando a fobia e o medo na crise de pânico.


A alta ansiedade ocorre por um sinal alarmante de que um perigo está próximo e nosso organismo tenta combate-lo. Descubra se você está com pânico ou uma ansiedade exagerada.
O descontrole da ansiedade pode levar à crise denominada Síndrome de Pânico ou transtorno de Pânico. O excesso de ansiedade gera um gasto de energia e uma concentração de pensamentos negativos sobre um perigo que, na maioria das vezes, é irreal ou uma distorção da realidade.
Neste post iremos explicar um pouco sobre como criamos o medo e revelar um pouco sobre um método conhecido para superar a ansiedade.
Este processo chama-se de ancoragem e consiste numa técnica muito eficaz para controle e redução da ansiedade.
Nós desenvolvemos um medo natural ou precaução necessária para estar preparado para enfrentar novas situações. Esta ansiedade natural é bem vinda e necessária para nos motivar a um objetivo. Porém quando esta ansiedade está exagerada, ao invés de melhor nos preparar, ela inibe nossa atuação, alimentando pensamentos de perigo, mesmo que estes não existam.
Uma forma de diminuir esta alta ansiedade é provocar o relaxamento, por meio da respiração diafragmática.
Mas quando estamos enfrentando um medo que não é real – aquela sensação de ansiedade ou nervosismo que faz mal para o estômago - enfrentamos uma “resposta de medo injustificado automatizado”, que não nos permite relaxar ou modificar a respiração para poder ajudar a diminuir a ansiedade.
Aqui você vai aprender uma técnica que sempre ajuda (quando usado corretamente), porque ela atua na mesma parte do seu sistema nervoso que está causando a ansiedade.
Como se cria medo – ou qualquer outro sentimento.
A primeira coisa a entender é como criar medo no sistema nervoso humano.
A maneira como você se sentir em qualquer momento no tempo é um resultado direto de duas coisas: Concentre-se e sua fisiologia.
O foco é a maneira que você está usando sua mente; suas crenças, o que você está pensando, e da linguagem que você usa dentro de sua cabeça para descrever coisas para si mesmo.
A fisiologia é a maneira que você está usando seu corpo, sua postura, sua respiração, e até mesmo coisas como você está cansado e se você tem bebido muito café ou água.
A técnica consiste em atuar conjuntamente com a mudança de pensamentos e a mudança fisiológica no corpo para redução da ansiedade. 
No tratamento terapêutico você, junto com um profissional Psicólogo, vai trabalhar as crenças distorcidas, que impedem o bom funcionamento de seus pensamentos, para que consiga reformular estas crenças, alterando sua visão sobre o mundo e sobre o futuro.
No tratamento fisiológico você vai aprender a alterar metabolicamente seu organismo, por meio de uma técnica de respiração e de relaxamento que vai permitir maior concentração de hormônios necessários para o bom funcionamento orgânico, melhor oxigenação do cérebro e melhor distribuição sanguínea.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Estímulo e Qualidade Afetiva


Os estímulos do meio ambiente externo e interno captados pelo organismo podem ser categorizados, não só pelos seus aspectos físicos (“Isto é café; aquela é uma xícara”), como, também, conforme a resposta emocional do indivíduo ao estímulo (“Este café está ótimo!”). Deve ser dito que qualquer estímulo pode ser percebido pela sua qualidade afetiva e esta, por sua vez, irá influenciar os termos que utilizamos para descrevê-lo para as outras pessoas ou para nós mesmos.
As regiões cerebrais subcorticais encarregadas de responderem a certos fatos ou situações com emoções já estão presentes nas crianças recém-nascidas, isto é, naquelas que ainda não aprenderam a falar. Por outro lado, as regiões do cérebro ligadas à fala só irão se desenvolver mais tarde. Assim, somente a partir dos três anos, a criança que se sentiu bem ou mal, triste ou alegre, animada ou desanimada poderá traduzir a “linguagem/sentimento” do organismo para a linguagem através de palavras. Os termos que empregamos para expressarmos as emoções sentidas variam conforme a cultura, pois cada uma tem seu vocabulário próprio, alguns muito mais ricos que outros.
Os sentimentos, conforme esse foco, são percepções e, nesse sentido, são comparáveis a outras percepções. Por exemplo: as percepções visuais correspondem a objetos exteriores ao corpo, cujas características físicas - luz, cores, formato, posição, movimento, etc. - alteram o estado das nossas retinas e modificam temporariamente os padrões sensitivos dos mapas do sistema visual. Os sentimentos, do mesmo modo, também têm um objeto imediato que está na origem de uma série de sinais que transitam através de mapas dentro do cérebro. Como no caso da percepção visual, uma parte do fenômeno ocorrido no sentimento se deve à construção interna que o cérebro faz de aspectos do objeto que está sendo focalizado.

Mas os objetos e as situações que constituem as origens imediatas dos sentimentos estão colocados no corpo e não fora dele, como a xícara e o café estão; não há, como na visão, gosto e olfação, sensações diretas do objeto. Os objetos imediatos provocadores do percebido, como a quentura, a cor, os movimentos da mão e o sabor do café atuam como conteúdos para o objeto mental (psicológico) e os sentimentos desencadeados.

Chamo a atenção do leitor para o enfatizado acima, pois quando há referência ao objeto “de uma emoção ou de um sentimento” é necessário qualificar a diferença, ou seja, deixar bem claro qual objeto está sendo referido. Segundo o dicionário “Houaiss”, o verbete “objeto” pode ser entendido, entre outras coisas, como: 1- coisa material que pode ser percebida pelos sentidos; 2- coisa mental ou física para a qual converge o pensamento, um sentimento ou uma ação; 3- Filosofia - qualquer realidade investigada em um ato cognitivo, apreendida pela percepção e/ou pelo pensamento, que está situada em uma dimensão exterior à subjetividade cognoscente; por oposição a sujeito; 4- Psicologia - aquilo que é discriminado no ato de percepção, representação ou pensamento pela universalidade dos indivíduos, independente dos desejos e opiniões destes.

Como se nota, o verbete “objeto” pode ser entendido como “coisa material que pode ser percebida pelos sentidos”, ou seja, existente fora da pessoa, objetiva, e, também, “coisa mental, representação, pensamento pela universalidade dos indivíduos, etc.”, isto é, existente internamente, na mente da pessoa, subjetiva.

Assim, quando falamos acerca do panorama observado, como, por exemplo, uma tempestade, ventos, trovões, relâmpagos e raios, eles podem ser chamados de objetos (informações físicas que são percebidas ou detectadas através dos nossos órgãos dos sentidos). Deve ser notado que tais informações (estímulos físicos) podem provocar emoções.

O estado corporal emocional criado, que pode ser resultante da observação da tempestade, recebe também o nome de “objeto”, mas, nesse caso, pode ser definido como “coisa mental ou física para a qual converge o pensamento, um sentimento ou uma ação”. É esse último “objeto” que dá origem ao que se denomina sentimento. Ele é um objeto, cuja percepção irá servir de base à essência do sentimento, nos provocando sensações corporais agradáveis ou desagradáveis. Portanto, há uma tempestade real, com trovoadas e relâmpagos, fora da mente da pessoa observadora, mas há internalizado na mente do observador uma “outra” tempestade com relâmpagos e trovoadas. Esta última somente está presente como realidade subjetiva, capaz de provocar emoções diferentes conforme cada indivíduo particular. Por outro lado, a “tempestade física” é uma só; um objeto “objetivo” e não subjetivo.

Esse é um atual problema das ciências exatas. Sua “exatidão” é, em parte, ilusória. Sem dúvida, sabemos que há uma realidade externa que nos estimula (tempestade, gosto e cheiro do café), estudada e “comprovada” em muitos aspectos. Entretanto, sempre - não há como escapar disso - nós, os seres humanos e outros animais, utilizamos do objeto interno, do subjetivo. Nunca podemos alcançar o objeto de fora, pois produzimos, utilizando as informações recebidas, com os órgãos sensoriais que possuímos (não os do cão, águia, sapo ou abelha), uma representação do objeto existente no exterior.

O objeto existente no interior do cérebro do indivíduo, o imediato e provocador do sentimento, bem como a representação desse objeto, é construído a partir da reunião de várias partes percebidas; sons, luzes, mudança de temperatura, umidade, etc., ou seja, um fenômeno natural que alguns dão o nome de “tempestade”. As partes reconstruídas do objeto pela mente podem se influenciar mutuamente numa espécie de processo reflexivo ou reverberante (persistência de um som ou sinal depois de ter sido extinta sua emissão por uma fonte).

Explicando melhor. Suponhamos que você, ao mexer nos retratos antigos, olha com mais interesse para um deles, isto é, fixa e seleciona uma fotografia muito especial, a de uma pessoa muita amada durante a juventude. Tudo indica que a foto, ela mesma, não irá mudar - a não ser por ações de baratas e formigas -, no pior das hipóteses poderá adquirir um ligeiro amarelão que, neste caso, poderá ser até charmoso. Por mais que fitemos a fotografia, olhando-a de longe, de perto, de cabeça para baixo, etc., a amada sonhada nos tempos idos lá permanece dando seu belo e costumeiro sorriso, próprio dos jovens.

Entretanto, o objeto mental, o interno, de quem está olhando, por estar em nossa mente agora e não lá naqueles tempos saudosos, nos evocarão sentimentos misturados. Um primeiro sentimento será um calorzinho, uma batida um pouco mais forte no coração, uma opressão no tórax, etc. (as sensações totais ficam por conta do leitor). Em cascata, cada uma das lembranças focalizadas ou selecionadas, sem nenhum esforço de nossa mente cansada e saudosa, aleatoriamente irão criar outras e outras lembranças, todas elas carregadas de diversos sentimentos: o primeiro encontro, o medo de não ser correspondido, a segurança da conquista, o primeiro passeio, o beijo desajeitado mais perto do nariz que dos lábios...

Mas, também e lamentavelmente, vão surgindo outras e outras recordações, uma dando origem à outra. Algumas lembranças podem ser negativas: as primeiras brigas, mais brigas, as tréguas e os armistícios, novas lutas e a separação final carregada de tristeza e alívio, tudo quase ao mesmo tempo. Em cada instante o objeto mental vai sendo modificado; ora ficamos calmos, ora alegres; às vezes, decepcionados, irados ou culpados. Em certos momentos, lágrimas molham nossos olhos de saudade, noutros, suspiros de alívio por estar longe dos contratempos. Tudo numa constante transformação. Enquanto isso minha ex-amada está paralisada, presa à imagem, sempre sorridente e, pior ainda, sem se importar com meus sentimentos. Mulher maldita! Não posso gostar de uma mulher assim, que pouco se importa com meus sofrimentos. Rasgo o retrato e ponho-o no lixo. Na manhã seguinte, arrependido retira-o com cuidado do meio dos papéis e cascas de laranja; colo parte por parte. Com extremo cuidado, guardo-o novamente com carinho, junto de outras recordações. Antes do ato final, peço perdão a minha ex-amada pela violência, dou-lhe um beijo e guardo-a num envelope cor-de-rosa. A maldita continua sorrindo. Seria de mim?

Faça seu teste, meu querido leitor: lembre-se de um episódio semelhante ao descrito, de um amor, de um grande amigo, da turma do primário, do científico, da universidade, de uma festa ou viagem. Observe o retrato que você guardou há anos. Procure-o, não desista; ele deve estar lá, esquecido nos álbuns ou nas caixas de papelão de sapatos. Procure observá-lo com calma e com tempo, sozinho, sem que haja ninguém por perto para importuná-lo.

Em seguida, faça uma regressão; retorne ao passado, ao tempo antigo da inocência e dos sonhos grandiosos. Lentamente, respirando calmamente, comece a “navegar” através das ondas emocionais e imagens que vão brotando e se dissipando em sua mente. Vai lhe emocionar mais que a de um filme.

Tente perceber, ao mesmo tempo em que vai assistindo as cenas que vão sendo exibida na sua tela particular, também seu estado emocional/corporal interno. De outro modo, procure se informar do que está sentindo diante e conforme cada quadro que está sendo mostrado ou rodado no seu filme especial e particular. Descubra, sintetizando, um nome bonito para esse novo filme que você criou nesse momento de folga. Para ajudá-lo, lembrando-se dos meus retratos examinados, sugiro o título: “Um regresso ao passado”: com produção e direção de XZ; você e sua amada serão os protagonistas principais dessa linda e triste história de amor.

Caso não tenha gostado desse nome, talvez você goste de algum dos seguintes: “Como era verde meu vale”; “Acima de qualquer suspeita”; “Um romance muito perigoso”; “Uma história de amor”; “A malvada”; “Encontros e desencontros”; “Paixão e loucura”; “Cruel desengano”; “Quanto mais idiota melhor”; “Assim estava escrito”; “Segredos do passado”; “A outra face da verdade”; “Meu primeiro amor”; “Paixão eterna”; “Um amor verdadeiro”; “Suplício de uma saudade”; “Em algum lugar do passado”; “Tarde demais para esquecer”; “Aconteceu naquela noite” ou “Tudo por amor”.

Não gostou? Paciência! Não me lembro de outros títulos. Invente um melhor. Estamos conversados.

Os sentimentos construídos pela mente do observador de um objeto externo e distante, como no exemplo do exame dos retratos antigos, não são de todo uma percepção passiva. A imagem ou representação global, uma vez instalada, formada por diversas partes, irá provocar sentimentos de alegria ou de tristeza, de raiva ou de solidariedade, tudo fabricado por nossa mente, sem nenhum esforço nosso. É como um filme sem roteiro, que, a cada instante, mostra cenas diferentes e aleatoriamente. Diante de cada cena surgem emoções diferentes que dão origem a sentimentos também diferentes que podem ou não ser descritos através de palavras: “Eu estava feliz naquele dia”; “Como fui ingênuo”; “Devia ter sido mais condescendente”; “Como aguentei aquela diabinha maluca”; “Perdi uma mulher extraordinária. Que bobeira; nunca mais descobri outra igual”.

Durante todo o processo do sentimento - produção e recordação - que pode durar segundo, minutos e dias, paralelamente ocorre um recrutamento dinâmico no corpo: uma mudança continuada do metabolismo, liberação de neurotransmissores e peptídeos, contrações musculares ou relaxamentos, tudo isso conforme as variações dinâmicas das diversas imagens formadas durante nossa viagem à percepção do retrato da paixão de nossa vida, isto é, do sentimento produzido

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Depressão clínica


Depressão é comum e pode atacar qualquer um de nós em qualquer momento. De acordo com a Fundação de Saúde Mental 10% da população do Reino Unido e Estados Unidos irá experimentar alguma forma de depressão todos os anos. Há vários tipos diferentes de depressão que varia de leve a grave, e dentro de cada tipo, os sintomas, sua intensidade e duração, todos irão variar de pessoa para pessoa. Formas mais suaves de depressão podem ter pouco impacto sobre a vida de alguém e muitas vezes espontaneamente desaparecerá após um período relativamente curto de tempo, depressão Bipolar caracteriza-se pelas flutuações intensas entre mania e depressão, Seasonal Affective Disorder ou SAD é um tipo de depressão que ocorrem durante os meses de Inverno e acredita-se estar relacionado com a falta de luz solar, Post Natal depressão pode afetar uma mulher após o nascimento de um bebê, mas a forma mais comum de depressão é a depressão clínica, às vezes chamado de depressão Unipolar ou depressão maior.
A depressão clínica pode ser definida como uma depressão tão grave como a exigir a intervenção de um profissional de saúde. Ele é muito mais do que sentindo para baixo, ou farto, algo que todos nós experimentam às vezes. Alguém que é clinicamente deprimido apenas não pode escapar dele e não pode desligá-lo assim que se os sintomas da depressão persistirem por mais de um par de semanas e interferem com rotinas normais de uma pessoa em uma base diária, talvez afetando suas comer e dormir padrões, seu trabalho, relacionamentos ou sua capacidade de ter prazer em atividades apreciaram uma veze não pode ser atribuída a uma causa óbvia, como luto, ou álcool ou abuso de substâncias e, em seguida, a depressão clínica pode ser diagnosticada. Intervenção é necessária para ajudar alguém com depressão clínica receber de volta ao normal, sem tratamento, ele poderia continuar indefinidamente.

Sintomas da depressão clínica
Existem vários sintomas associados com depressão clínica, mas os mais comuns incluem:
O humor baixo e tristeza para a maior parte do tempo.
O desinteresse e falta de prazer na maioria das atividades, incluindo sexo.
Peso ganho ou perda de apetite aumentado ou diminuído associado.
Perturbações do sono o - insônia e hipersonia.
Sentindo exausto quando acorda.
A irritabilidade, agitação e inquietação.
Sentindo culpado, inútil e/ou impotente.
A incapacidade para se concentrar e focar.
A indecisão.
Cansaço e perda de energia.
Dores físicas o e dores ou problemas digestivos
Pensamentos recorrentes o de morte ou suicídio.

Os sintomas podem variar de leve a grave e eles irão variar com cada indivíduo. Em outras palavras, não há um único conjunto identificável de sintomas que indicam depressão clínica e a única maneira de assegurar o diagnóstico correto é procurar a ajuda de especialistas, profissional de saúde que irá perguntar sobre os sintomas, sua duração e gravidade, circunstâncias pessoais e histórico médico e casos de depressão recorrente da família. Em seguida, podem considerar-se as opções de tratamento mais adequadas.

Opções de tratamento
Depressão clínica será normalmente exigem o uso de antidepressivos por um período de tempo, geralmente por seis meses ou assim e às vezes mais. Ele pode levar várias semanas para qualquer medicação entrem em vigor assim que é importante perseverar com eles, mesmo se não houver nenhuma melhoria inicial. Existem vários tipos de antidepressivos e irá variar o efeito de qualquer medicação, positivo e negativo, mas como diretriz geral, se não houver nenhuma melhoria após seis semanas ou assim, ou se existem efeitos colaterais significativos, então o GP pode prescrever outra medicação até que um é encontrado que combina com o indivíduo. Os antidepressivos nunca devem ser interrompidos subitamente como isso pode ser prejudicial, é necessário reduzir a dose lentamente ao longo de um período de tempo sob a orientação de um médico qualificado.
Falando de terapias e aconselhamento também podem ser uma opção para leve a depressão moderada. Estes tipos de terapias podem ser útil na mudança de padrões de pensamento negativo e comportamentos que contribuem para o estado de depressão. Falando através de problemas e olhando para problemas aprofundados podem oferecer novas ideias e estratégias de resposta possível.

Conclusão
Não há nenhum uma única causa de depressão clínica e nenhuma maneira de saber quem irá desenvolvê-lo. Certamente, alguns grupos de pessoas aparecem mais correm o risco de tornar-se clinicamente deprimido do que outros, como o socialmente isoladas, a longo prazo, doente e portadores de deficiência, pais solteiros e desempregados. Baixos níveis de neurotransmissores como serotonina e ácidos graxos essenciais são encontrados em pessoas que estão deprimidas sugerindo fatores biológicos podem ser envolvidos e depressivos transtornos parecem correr em famílias que indica que a genética poderia desempenhar um papel. Às vezes, até mesmo a forma como vemos o mundo ou como pensamos sobre nós mesmos podem nuvem nossa percepção e desencadear depressão. O importante é procurar o Conselho se ele começa a afetar a sua vida diária, porque independentemente de sua causa, a ajuda está disponível, depressão pode ser tratada e vida pode voltar ao normal

terça-feira, 19 de junho de 2012

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE

Personalidade é definida pela totalidade dos traços emocionais e de comportamento de um indivíduo (caráter). Pode-se dizer que é o "jeitão" de ser da pessoa, o modo de sentir as emoções ou o "jeitão" de agir.
Um transtorno de personalidade aparece quando esses traços são muito inflexíveis e mal ajustados, ou seja, prejudicam a adaptação do indivíduo às situações que enfrenta, causando a ele próprio, ou mais comumente aos que lhe estão próximos, sofrimento e incomodação. Geralmente esses indivíduos são pouco motivados para tratamento, uma vez que os traços de caráter pouco geram sofrimentos para si mesmos, mas perturbam suas relações com outras pessoas, fazendo com que amigos e familiares aconselhem o tratamento. Geralmente aparecem no início da idade adulta e são cronificantes (permanecem pela vida toda) se não tratados.
As causas destes transtornos geralmente são múltiplas, mas relacionadas com as vivências infantis e as da adolescência do indivíduo.
O tratamento desses transtornos é bastante difícil e igualmente demorado, pois em se tratando de mudanças de caráter, o indivíduo terá de mudar o seu próprio "jeito de ser" para que o tratamento seja efetivo.


EXISTEM MUITOS TIPOS DESSES TRANSTORNOS, COMO SE VÊ A SEGUIR:

Transtorno de Personalidade Paranóide:
Indivíduos desconfiados, que se sentem enganados pelos outros, com dúvidas a respeito da lealdade dos outros, interpretando ações ou observações dos outros como ameaçadoras. São rancorosos e percebem ataques a seu caráter ou reputação, muitas vezes ciumentos e com desconfianças infundadas sobre a fidelidade dos seus parceiros e amigos.

Transtorno de Personalidade Esquizóide:
Indivíduos distanciados das relações sociais, que não desejam ou não gostam de relacionamentos íntimos, realizando atividades solitárias, de preferência. Pouco ou nenhum interesse em relações sexuais com outra pessoa, e pouco ou nenhum prazer em suas atividades. Não têm amigos íntimos ou confidentes, não se importam com elogios ou críticas, sendo frios emocionalmente e distantes.

Transtorno de Personalidade Esquizotípica:
Indivíduos excêntricos e estranhos, que têm crenças bizarras, com experiências de ilusões e pensamento e discurso extravagante. Falta de amigos e muita ansiedade no convívio social.

Transtorno de Personalidade Borderline:
Indivíduos instáveis em suas emoções e muito impulsivos, com esforços incríveis para evitar abandono (até tentativas de suicídio). Têm rompantes de raiva inadequada. As pessoas a sua volta são consideradas ótimas, mas frente a recusas tornam-se péssimas rapidamente, sendo desconsideradas as qualidades anteriormente valorizadas. Costumam apresentar uma hiper-reatividade afetiva, em que as situações boas são ótimas ou excelentes, e as ruins ou desfavoráveis são péssimas ou catastróficas.

Transtorno de Personalidade Narcisista:
Indivíduos que se julgam grandiosos, com necessidade de admiração e que desprezam os outros, acreditando serem especiais e explorando os outros em suas relações sociais, tornando-se arrogantes. Gostam de falar de si mesmos, ressaltando sempre suas qualidades e por vezes contando vantagens de situações. Não se importam com o sofrimento que causam nas outras pessoas e muitas vezes precisam rebaixar e humilhar os outros para que se sintam melhor.

Transtorno de Personalidade Antissocial:
Indivíduos que desrespeitam e violam os direitos dos outros, não se conformando com normas. Mentirosos, enganadores e impulsivos, sempre procurando obter vantagens sobre os outros. São irritados, irresponsáveis e com total ausência de remorsos, mesmo que digam que têm, mais uma vez tentando levar vantagens. Podem estabelecer relacionamentos afetivos superficiais, mas não são capazes de manter vínculos mais profundos e duradouros.

Transtorno de Personalidade Histriônica:
Indivíduos facilmente emocionáveis, sempre em busca de atenção, sentindo-se mal quando não é o centro das atenções. São sedutores, com mudanças rápidas das emoções. Tentam impressionar aos outros, fazendo uso de dramatizações, e tendem a interpretar os relacionamentos como mais íntimos do que realmente são.

Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva:
Indivíduos preocupados com organização, perfeccionismo e controle, sempre atento a detalhes, listas, regras, ordem e horários. Dedicação excessiva ao trabalho dá pouca importância ao lazer. Teimosos, não jogam nada fora ("pão-duro") e não conseguem deixar tarefas para outras pessoas.

Transtorno de Personalidade Esquiva:
Indivíduos tímidos (exageradamente), muito sensíveis a críticas, evitando atividades sociais ou relacionamentos com outros, reservados e preocupados com críticas e rejeição. Geralmente não se envolvem em novas atividades, vendo a si mesmos como inadequados ou sem atrativos e capacidades.

Transtorno de Personalidade Dependente:
Indivíduos que têm necessidade de serem cuidados, submissos, sempre com medo de separações. Têm dificuldades para tomar decisões, necessitam que os outros assumam a responsabilidade de seus atos, não discordam, não iniciam projetos. Sentem-se muito mal quando sozinhos, evitando isso a todo custo.

O tratamento desses transtornos baseia-se na Psicoterapia (de orientação analítica ou comportamental na maioria dos casos) e Psicanálise. Algumas vezes deve-se também tratar outros transtornos que se desenvolvem juntamente com esses, e na maioria das vezes, por causa desses. Aparecem comumente depressão e ansiedade associadas a esses transtornos. A procura pelo atendimento é geralmente estimulada pelos amigos e familiares, que são muito mais incomodados pelo transtorno que o próprio indivíduo. Não se pode esquecer que muitas dessas características fazem parte dos traços normais de muitos indivíduos, e somente quando esses traços são muito rígidos e não adaptativos é que constituem um transtorno.

Banana para depressão.


Banana pode reduzir depressão revela estudo.
O departamento de pesquisas e desenvolvimento das Filipinas através do FNRI (Food and nutrition research institute) realizou uma pesquisa, aonde chegaram à conclusão que a banana é uma aliada importante para a depressão.
A banana possui um alto nível de triptofano é um aminoácido essencial utilizado pelo cérebro que o é convertido naturalmente em serotonina, que é um neurotransmissor responsáveis por processos como o humor e o sono. Comer duas ou três bananas por dia é um excelente remédio para superar a depressão.
Além dessa sensação de bem estar, a banana ainda possui diversos benefícios para nosso organismo, ela é portadora de fibras, magnésio, potássio, os pesquisadores observaram outras virtudes da banana para a saúde, como os altos níveis de vitamina A, C, K e B6, especificamente, é essencial na dieta e sua ausência pode provocar insônia, fraqueza e irritabilidade. Os cientistas destacam que a vitamina regula o nível de glicose no sangue, o que também repercute no estado de ânimo das pessoas. O instituto acrescenta que a banana não produz colesterol nem causa obesidade, reduz o risco de ataques cardíacos e contribui para reforçar a massa muscular e a energia, especialmente nas crianças.
Comer chocolate todos os dias com certeza é gostoso, mas o resultado disso provavelmente são kilos a mais o que não vai ajudar muito na luta contra a depressão, agora adicionar uma banana a sua alimentação com certeza vai trazer muitos benefícios, não somente para ajudar na cura da depressão, vai ajudar você a estar em forma também.