São cerca de 450 milhões de
pessoas que em todo o mundo sofre de algum tipo de perturbação mental ou de
conduta. Entre elas, a depressão é a que maior percentagem ocupa, e é já
considerada a maior causa de incapacidade, temporária ou permanente. Verificou-se
ao longo das últimas décadas, principalmente no mundo ocidental, mudança de
paradigma demasiado rápida para a qual não houve tempo para as pessoas se adaptarem.
Quem apanhou o comboio, tudo bem, quem não o apanhou foi atropelado por ele.
Estas mudanças ocorreram no sentido de aumentar as exigências e as
preocupações: já não basta trabalhar, têm que se ser o melhor, mais produtivo,
novos métodos de ensino preparam as crianças e os jovens para um mundo
agressivo, onde o que têm que fazer é competir para sobreviver, ter saúde
tornou-se quase uma moda. Portugal tem um Plano Nacional para a Saúde Mental.
Mas só funciona quando as doenças já estão adquiridas. É um bom começo, mas o
foco está no aspecto terapêutico, quando devia estar também no preventivo. Prevenir
parece se coisa com que ninguém está preocupado.
O Dia Mundial da Saúde Mental,
que se comemora a 10 de Outubro, foi instituído justamente para que as pessoas
tomem mais consciência da dimensão deste flagelo. O tema para este ano é
"Depressão: uma crise global". Nesta altura em que tanto se fala de
crise a todos os níveis, vinha mesmo a calhar. Por todo o país irão ser tomadas
iniciativas como seminários, colóquios, entre outros de expressão mais lúdica.
Portugal tem um Plano Nacional
para a Saúde Mental. Mas só funciona quando as doenças já estão adquiridas. É
um bom começo, mas o foco está no aspecto terapêutico, quando devia estar
também no preventivo. Prevenir parece se coisa com que ninguém está preocupado.
Esperamos que não seja só neste
dia que se reflita sobre este tema. Ele está de tal forma presente na nossa
sociedade que se cala justificaria que se fizesse o mesmo nos outros 364.
Nenhum comentário:
Postar um comentário