Dentre todas as especialidades médicas a psiquiatria é provavelmente a que conta com maior diversidade de medicações. Isso é possível graças ao elevado número de neuroreceptores cerebrais. Ao contrário do que possa parecer a oferta de diferentes medicações é vantajosa para as pessoas que ao não terem um bom resultado com uma medicação podem experimentar outra semelhante até encontrar a que melhor elimina os sintomas com o mínimo de desconforto. Também é muito comum observarmos um paciente tomar vários psicofármacos simultaneamente, isso assusta não só aos próprios paciente como a outros médicos. Não podemos considerar isso uma imperícia do psiquiatra, mas simplesmente uma conseqüência da diversidade farmacológica do cérebro. Este órgão possui milhares de funções inatas e adquiridas ao contrário dos demais órgãos vitais de nosso corpo, que não são inferiores, mas são mais simples. Mesmo para a mãe natureza não é possível coordenar a multiplicidade de funções com apenas dois ou três tipos de transmissores, a complexidade de funcionamento cerebral requer uma equivalente complexidade bioquímica estrutural.
Ansiolíticos
Os ansiolíticos benzodiazepínicos estão entre os primeiros psicofármacos sintetizadas na medicina, rapidamente obtiveram grande sucesso no controle dos sintomas a que se propuseram e há décadas já não presenciamos nenhum grande avanço assim como há com os antidepressivos e os antipsicóticos. Os principais efeitos colaterais não foram superados nem por isso deixam de oferecer vantagens. A buspirona, principal representante dos ansiolíticos não benzodiazepínicos não alcançou o mesmo nível de eficácia e por isso nunca os suplantou. O grande temor que paira sobre os tranqüilizantes hoje é o fantasma da dependência química. Esse efeito real embora muito menos perigoso do que se propague foi e é superdimensionado. Que os ansiolíticos provocam dependência não resta dúvida, mas o que não é igualmente divulgado é que essa dependência é reversível. Muitas pessoas não conseguem mais viver sem seu tranqüilizante não porque estejam "viciadas", mas porque os sintomas da ansiedade são crônicos e todas as vezes que se experimentar reduzir a dose os sintomas voltam, confunde-se a cronicidade da ansiedade com a dependência induzida pelos ansiolíticos. A natureza dos transtornos de ansiedade é a longa duração, por isso a necessidade de manter prolongadamente os tranqüilizantes e não porque o paciente esteja "viciado" como julgam muitos. Ainda que o paciente não conseguisse mais livrar-se do remédio isso não seria problemático, pois o uso prolongado não é nocivo.
Alfron – Altrox – Anoxolan – Ansilive – Ansirax – Apraz – Bromazepan – Bromopirin – Bromoxon – Buspar – Calmociteno – Clomipran – Clonotril - Clonotril – Clopam – Clozal – Compaz – Constante – Diazefast – Diazepan – Dienpax – Elum – Eutonis – Fluxtar – Frisium - Frontal – Halo – Lexfast – Lexotan – Lezepan – Limbitrol – Lorapan – Lorax – Lorazefast - Max-Pax – Menostress – Navotrax – Neozolam – Neurilan – Noan – Olcadil – Oxatrat - Psicosedin - Relapax – Relaxil – Rivotril – Somalium – Somaplus – Sulpan – Teufron – Tranquinal – Tranxilene - Uni Bromazepax - Uni Clonazepax - Uni Clonazepax - Uni Diazepax – Urbanil – Valium – Zoldac .
Antidepressivos
Esta é a área da psicofarmacologia que mais se desenvolveu nos últimos anos, seguida não muito de longe dos antipsicóticos. Tem se confirmado cada vez mais o caráter crônico e amplo das depressões. Este grupo de doenças médicas atinge uma elevada fração da população mundial e sobre essa fração persiste quase que invariavelmente por vários anos contínuos ou descontínuos. Dada essa demanda natural as pesquisas recaem fortemente sobre esse grupo de pacientes, não apenas por interesse econômico mas também por necessidade porque não se sabe o motivo, ainda há muitas pessoas que não respondem a alguns antidepressivos mas responde a outros. Não há um antidepressivo universal e superior, não há um antidepressivo melhor que os outros, há antidepressivos que funcionam melhor para umas pessoas do que para outras, pelo menos durante algum período.
Adprex – Alcytam – Alenthus – Amytril – Anafranil – Aropax – Arotin – Assert –Aurorix – Benepax – Bup – Cebrilin – Cefelic - Celapram – Cipramil – Città – Clo – Cymbalta – Daforin Denyl – Depaxan – Depoflox – Depress – Dieloft – Donaren – Efexor – Equilibrium – Eufor – Exodus – Fenatil – Fluox – Fluoxetina – Fluxene – Hipericin – Imipra – Iperisan – Lexapro – Ludiomil – Luvox – Maxapran – Menelat - Neo Amitriptilin - Neo Fluoxetin – Neurotript – Nortrip – Novidat – Pamelor - Parnate – Parox – Paxil – Paxtrat – Pondera – Praminan – Prazen - Pristiq – Procimax – Protanol – Prozac – Prozen – Psiquial - Razapina – Remeron – Remotiv – Roxetin – Sered – Serenata – Serolift – Seronip – Sertero – Sertralin – Stablon – Tensiopax –Tofranil – Tolrest – Tolvon – Triativ – Tripsol – Trisomatol –Tryptanol - Uni Imiprax – Venlaxin
Verotina – Wellbutrin – Zetron – Zoloft – Zoltralina – Zoxipan – Zycitapram – Zyfloxin – Zyparox - Zysertin.
Antimaníacos
A classificação farmacológica dos antimaníacos ou estabilizadores do humor (ainda não há consenso sobre a melhor maneira de denominar essas medicações) é diferente da dos demais psicofármacos. O único representante autêntico desse grupo é o Lítio, os demais representam medicações que oferecem o mesmo resultado estabilizador que o lítio oferece, mas farmacologicamente são bastante distintos. Os estabilizadores do humor podem ser: alguns anticonvulsivantes, neurolépticos (uns mais do que outros), benzodiazepínicos (como adjuvante e não como uso principal) e o verapamil que é usado como antihipertensivo cujo mecanismo de ação é distinto de todos os demais, que por sua vez também não são parecidos entre si. O humor ao que parece é uma função cerebral bastante intrincada.
Alzepinol - Amato - Carbolim – Carbolitium – Depakene – Depakote – Gabaneurin – Lamictal –Lamitor – Neural – Neurontin – Nortrigin – Oleptal – Oxcarb – Progresse – Sigmax - Tegretard - Tegretol – Topamax – Toptil – Torval – Trileptal - Uni Carbamaz – Valpakine - Valprene – Zyoxipina – Zyvalprex .
Antipsicóticos
Depois do sucesso obtido pelo Haloperidol no controle dos sintomas psicóticos restou o grande desafio de medicações igualmente eficazes, mas sem os mesmos efeitos colaterais e que pudessem também alcançar os chamados sintomas negativos. O desafio dos efeitos colaterais está sendo vencidos, os novos antipsicóticos são bem mais confortáveis sem comprometer a eficácia padrão alcançadas anteriormente. Quanto aos sintomas negativos pouco se avançou, o que significa que muitas pesquisas ainda são necessárias. Nenhum governo gosta de investir grandes somas em pesquisas porque todo o investimento pode não chegar a nada, preferem investir em infra-estrutura onde o retorno é garantido. Fica com a iniciativa privada o risco de investir sem nenhuma garantia de retorno, em compensação eles depois têm o direito de recuperarem o investimento cobrando caro pelos remédios, o valor justo é que é difícil determinar.
Abilify – Amplictil – Clopixol – Clopsina – Clorpromaz – Dogmatil – Esquidon – Flufenan – Geodon – Haldol – Haloper – Leponex – Longactil – Melleril – Neozine – Neuleptil – Respidon - Risperdal – Risperidon – Risperix – Riss – Seroquel – Socian – Stelazine - Uni Haloper – Unitidazin – Zargus – Zyprexa.