segunda-feira, 18 de junho de 2012

A mulher com depressão na menopausa: perda da autoestima e a depressão no climatério.

A depressão na mulher no período da menopausa ou depressão no climatério é um sintoma mais comum do que se pensa, pois neste período as alterações hormonais e a perda da fertilidade são fatores que contribuem para formação e manutenção de pensamentos negativos sobre si, sobre os outros e sobre o mundo. 

A depressão na menopausa pode ser pre-diagnosticada pelos sintomas de isolamento, cansaço, perda de apetite, desâmino geral, falta de forças, sono constante, sentimentos de desgaste do corpo, alterações da libido e do prazer, tristeza profunda, choro sem motivos e irritação.

Dentre os principais sintomas psíquicos atribuídos ao período da menopausa, encontra-se; a perda da autoestima acompanhada de labilidade afetiva, irritabilidade, prejuízo da adaptação social, dificuldade de concentração e memória, além de uma séries de queixas relacionados a esfera sexual, perda do interesse e irritação pela dor no ato sexual.

Encontram-se, também, relatos anedotais de distúrbio de conduta, tais como compulsões e roubo em lojas e pequenos comércios.

Cerca de 25% das mulheres, têm sintomas suficientemente sérios aos quais se recomenda a terapia de reposição hormonal, enquanto 50 % têm sintomas insignificantes, que duram cerca de um ano e, as 25 % restantes não sentem nenhum sintoma característico do climatério.

Comenta à respeito das sensações desarmoniosas, sendo muito comum entre as mulheres no climatério,  observadas através de sintomas físicos, emocionais,  sociais agrupados, como variações de humor, insônia, depressão, irritabilidade, fadigas, tonturas, dores de cabeça, palpitações, dormência ou formigamento de extremidades. Estas alterações podem ocorrer simultaneamente, uma vez que situações novas podem estar acontecendo com a mulher, desde a mudança de seu corpo à perda de papéis na família e na sociedade.

A síndrome menopausa, é composta pelos chamados sintomas vasomotores e pelas modificações  atróficas, entre eles o mais  frequente e incômodo são as ondas de calor  também denominados de fogachos, que ocorrem  inicialmente, de preferência, no período noturno, trazendo perturbações no sono. As ondas de calor perduram em geral, por um à dois anos e desaparecem gradativamente. Os fogachos acometem cerca de 75% das mulheres no período climatérico, enquanto outros sintomas presentes nesta fase são: depressão, episódios de cefaleia, transtornos emocionais que são pouco valorizados como indicativos de  hipoestrogenismo e interpretados como sendo de causas  psicológicas originadas de conflitos  cotidianos, comuns nesse período da vida.

Acredita que a menopausa provoca transformações físicas e emocionais na mulher, da mesma forma que a puberdade e a gravidez, sendo que os movimentos biológicos ocorrem em velocidades diferentes dependendo de cada mulher. Nota-se, a presença de três sintomas presentes na mulher durante a menopausa resultante da diminuição dos níveis de hormônios femininos. São eles: fogachos (súbitas ondas de calor no rosto, pescoço e tórax), atrofia vaginal (perda da umidade e elasticidade da vagina) e osteoporose (perda da densidade óssea).

Nem todas as mulheres veem esta ‘idade sinistra como uma calamidade, sendo possível superar este estado intermediário sem tantos estragos e descobrir que depois, há um estágio mais estável. Entretanto, este problema não pode ser resolvido igualmente por todas as mulheres e aquelas que sofrem com mais profundidade, não podem se culpar ou for culpada.

Esclarece que a idade da mulher no período da menopausa é uma situação muito pessoal e cada uma tem seu próprio prazo. A idade não apresenta relação com a menarca, ou mesmo com número de gestações, amamentação, gravidez ou hereditariedade. O único fator conhecido influenciador na menopausa é o hábito de fumar, que aumenta a probabilidade da menopausa ocorrer mais cedo.

O climatério é uma fase natural na vida de toda mulher, caracterizado pela passagem de um estado hormonal, maturidade genital com capacidade de procriar a outro, senectude e esterilidade. As alterações hormonais ocorrem quando os ovários tornam-se exauridos de folículos viáveis, atrofiando-se, deixando de produzir hormônios em quantidade suficiente. As faltas desses hormônios produzem um desequilíbrio no sistema endócrino e favorecerá modificações em todo o sistema orgânico e emocional. Porém, a alteração hormonal não está necessariamente associada a uma sematologia e, quando isso ocorre, pode ser denominado de síndrome climatérica. O termo menopausa é utilizado para o ultimo fluxo menstrual da mulher. Geralmente ocorre entre 45 e 55 anos de vida, porém varia conforme a raça, fatores hereditários, socioeconômicos, nutrição, desordens orgânicas e outros aspectos. É importante ressaltar que poucas mulheres passam por menopausa prematura, ou seja, antes dos 40 anos.

A literatura médica divide a menopausa em três períodos: pré-menopausa, peri-menopausa (quando se começa a notar mudanças) e pós-menopausa (após término os períodos menstruais). No total são transcorridos cerca de 20 anos na vida da mulher, 10 anos antes de cessar o ciclo e 10 anos depois. Esta etapa pode começar ao redor dos 40 ou 45 anos e terminar aos 55 ou mais, correspondendo mais ao climatério, mesmo que essa palavra seja utilizada com menor frequência.

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