Vira e mexe, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte: estamos cada vez mais próximos de uma falência efetiva global! Os transtornos de comportamento, distúrbios psíquicos e adição a drogas caminham para se tornar o maior problema de saúde do mundo!
Globalizamos a tristeza, os medos, a preocupação sem fim, a síndrome do pensamento disparado, que nos impede de ter acesso ao relaxamento, à alegria, ao prazer de viver. "Mortos-vivos" que, na sua linguagem cotidiana, repetimos de forma banal, expressões que nem percebemos:
-"Doutor, eu morro de medo de...."
-"E morro de preocupação com..."
-"Eu morro de tristeza com meus filhos..."
Enfim morre-se de algo terrível a cada segundo já que pela física quântica aplicada ao psiquismo humano "pensar equivale a uma realidade" para o cérebro. Afinal, este é um mero computador (hardware) que processa as três energias psíquicas: pensamentos, emoções e pulsões.
Softwares" que rodamos no cérebro. Ora, como este não sabe distinguir entre imaginação, sonhos ou realidade (o exemplo clássico é de um adolescente que consegue o orgasmo, ora se masturbando, ora tendo um sonho erótico, ora efetivamente transando com uma colega), chegamos assim ao "inferno mental": sofremos por antecipação nos angustiando com ideias negativistas, vendo um mundo-cão, devorando as notícias terríveis do caso Bruno, dos Nardoni e as atrocidades diárias que nos fazem negativistas, medrosos, descrentes com os nossos semelhantes!
Não vivemos, apenas sobrevivemos a mais um dia, mais um ano. E tudo isso, em meio a tecnologias avançadas com celulares que só faltam falar, TV’s de plasma, internet a nos viciar, games psicóticos, "fofocoterapias" graves nos Orkuts, Msn, Twitters e outras tecnofilias. Quanto mais sofisticados eletronicamente, mais falidos afetivamente!
Ninguém tem tempo de relaxar, ser feliz, olhar a lua, ver o dia nascer, fazer cafuné em quem ama, ser leal, dar e receber afeto, compreender o semelhante , respeitá-lo.
Abuso de bebida, de drogas, corrupção financeira, sexo promíscuo, suicídio, separações conjugais, dificuldades crescentes nas relações interpessoais em casa, no trabalho ou escola, na vida social...
E pensar que Deus nos criou para o prazer, alegria, serenidade para sonhar e ter paz de espírito!
Aonde nos perdemos deste caminho?!
Eduardo Aquino (Médico, psiquiatra, neurocientista,paletrista)
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