domingo, 5 de dezembro de 2010

A nossa talentosa usuária Cláudia Sikosk e seu artesanato.
 Implementar ações estratégicas de apoio à economia solidária e ao desenvolvimento local sustentável no município. Esse é o objetivo da, 
1° Mostra de Economia Solidária, realizada pela Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). O evento aconteceu de 02 a 04 de dezembro, das 15 às 21 horas, na Praça Verde do Centro Cultural Dragão do Mar.
A atividade contou com uma programação diversificada, com palestras, apresentações culturais, oficinas de troca de experiências, além de divulgação e comercialização dos artigos elaborados pelos produtores da Rede Estrela de Iracema e de outros empreendimentos econômicos solidários. O grande destaque da programação são as rodadas de negócios, que vão promover segmentos produtivos e de serviços, como artesanato, confecção, agricultura familiar, móveis reciclados, cosméticos, alimentos e bebidas. Ao todo, o evento reuniu cerca de 80 mpreendimentos econômicos solidários do município.
Uma de nossas usuárias do CAPS GERAL SER VI pode mostrar no evento o seu talento com os seus trabalhos artesanais, ela é um exemplo de superação, e nos prova como a arte transforma e muda o ser humano pra melhor! Parabéns! E sucesso em sua vida Claúdia!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010


Ansiedade:
O que é? Sintomas e
Saiba Como Controlar.

Ansiedade é um transtorno que aflinge a humanidade e que vem crescendo cada vez mais.
As grandes causas da ansiedade caracteriza-se pelo stress, vida agitada, pressão no trabalho e pressão psicologica, cobrança interna e externa.
Quando estamos ansiosos, a nossa percepção aumenta, nos alertando para uma situação de perigo. Para sair deste estado de transe ansioso, o nosso SNC (sistema nervoso central) precisa de uma situação de conforto ou seja segurança para repousar, trazendo-nos assim uma sensação de bem estar e tranquilidade.

O que é ansiedade?

A ansiedade pode ser caracterizada como um transtorno e se assemelha muito ao medo. Ela e uma sensação “desagradável” provocada por uma excitação do SNC (sistema nervoso central) ou seja sua principal característica psiquica é a excitação.
Essa excitação acontece devido a liberação de noradrenalina – um neurotransmissor.
Os fatores que podem gerar esse desequilibrio emocional são: perda de status, perda de controle, perda de poder economico, de afetos, de amizades, de privilégios, estar em desvantagem, não concretizar sonhos, se deparar com sitauções novas, inesperadas e desconhecidas, entre muitos outros.
Pode parecer dificil de acreditar mas, um desses fatores pode ser o suficiente para dispertar o estado ansioso.

Sintomas Fisicos Caracteristicos

Taquicardia (batedeira no peito), sudorese, tremores, tensão muscular, aumento das secreções urinarias e fecais, aumento da motilidade intestinal, dor de cabeça.

Como Controlar a Ansiedade?

A liberação de serotonina no organismo auxilia na sensação de bem estar inibindo o estado ansioso – ansiedade.
Então, o melhor remédio é voltar a nossa atenção para assuntos que nos tras prazer, felicidade e sensação de bem estar.
Determinadas atividades proporcionam essa sensação como caminhar, fazer yoga, dançar, ouvir musica, tocar instrumentos, fazer massagem. Esses são somente alguns exemplos que você pode utilizar para melhorar o seu dia a dia e afastar a ansiedade.
Alguns alimentos também auxiliam na liberação da serotonina como o chocolate e a banana pois são ricos em triptofano.
O controle também pode ser feito com medicamento mas, eles só devem ser utilizados sob orientação medica.
Conhecer a si próprio auxilia no seu auto controle.
Viva Bem e com Saúde!



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

 O que é Esquizofrenia

A esquizofrenia é uma doença mental grave que se manifesta na adolescência ou no inicio da idade adulta. Sua freqüência na população em geral é da ordem de 1 para cada 100 pessoas, havendo cerca de 40 casos novos para cada100. 000 habitante por ano. No Brasil estima-se que há cerca de 1,6 milhões de esquizofrênicos; a cada ano cerca de 50.000 pessoas manifestam a doença pela primeira vez. Ela atinge em igual proporção homens e mulheres, em geral inicia-se mais cedo no homem, por volta dos 20-25 anos de idade, na mulher, por dos 25-30 anos.

Quais os sintomas?
A esquizofrenia apresenta várias manifestações, afetando diversas áreas do funcionamento psíquico. Os principais sintomas são:

1. Delírios: são idéias falsas, das quais o paciente tem convicção absoluta. Por exemplo, ele se acha perseguido ou observado por câmeras escondida, acredita que os vizinhos ou as pessoas que passam na rua querem lhe fazer mal.

2. Alucinações: são percepções falsas dos órgãos dos sentidos. As alucinações mais comuns na esquizofrenia são auditivas, em forma de vozes. O paciente ouve vozes que falam sobre ele, ou que acompanham suas atividades com comentários. Muitas vezes essas vozes dão ordens de como agir em determinada circunstancia. Outras formas de alucinação, como visuais, táteis ou olfativas podem ocorrer também na esquizofrenia.

3. Alterações do pensamento: as idéias podem se tornar confusas, desorganizadas ou desconexas, tornado o discurso do paciente difícil de compreender. Muitas vezes o paciente tem a convicção de seus pensamentos podem ser lidos por outras pessoas, ou que pensamentos são roubados de sua mente ou inseridos nela.

4. Alterações da afetividade: muitos pacientes têm uma perda da capacidade de reagir emocionalmente às circunstancias, ficando indiferente e sem expressão afetiva. Outras vezes o paciente apresenta reações afetivas que são incongruentes, inadequadas em relação ao contexto em que se encontra. Torna-se pueril e se comporta de modo excêntrico ou indiferente ao ambiente que o cerca.

5. Diminuição de motivação: o paciente perde a vontade, fica isolado e retraído socialmente.

Outros sintomas, como dificuldades de concentração, alterações da motricidade, desconfiança excessiva, indiferença, podem aparecer na esquizofrenia. Dependendo da maneira como os sintomas se agrupam, é possível caracterizar os diferentes subtipos da doença. A esquizofrenia evolui geralmente em episódios agudos onde aparecem os vários sintomas acima descritos, principalmente delírios e alucinações, intercalados por períodos de remissão, com poucos sintomas manifestos.

Qual é a causa da esquizofrenia?
Não se sabe quais são as causas da esquizofrenia. A hereditariedade tem uma importância relativa, sabe-se que parentes de primeiro grau de um esquizofrênico tem chance maior de desenvolver a doença do que as pessoas em geral. Por outro lado, não se sabe o modo de transmissão genética da esquizofrenia. Fatores ambientais (p.ex., complicações da gravidez e do parto, infecções, entre outros) que possam alterar o desenvolvimento do sistema nervoso no período de gestação parecem ter importância na doença. Estudos feitos com métodos modernos de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética mostram que alguns pacientes tem pequenas alterações cerebrais, com diminuição discreta do tamanho de algumas áreas do cérebro. Alterações bioquímicas dos neurotransmisores cerebrais, particularmente da dopamina, parecem estar implicadas na doença.

Como se diagnostica a esquizofrenia?
O diagnóstico da esquizofrenia é feito pelo especialista a partir das manifestações da doença. Não há nenhum tipo de exame de laboratório (exame de sangue, raio x, tomografia, eletroencefalograma etc.) que permita confirmar o diagnostico da doença. Muitas vezes o clinico solicita exames, mas estes servem apenas para excluir outras doenças que podem apresentar manifestações semelhantes a esquizofrenia.

Como se trata a esquizofrenia?
O tratamento da esquizofrenia visa ao controle dos sintomas e a integração do paciente. O tratamento da esquizofrenia requer duas abordagens: medicamentosa e psicossocial. O tratamento medicamentoso é feito com remédios chamados antipsicoticos ou neurolépcos. Eles são utilizados na fase aguda da doença para aliviar os sintomas psicóticos, e também nos períodos entre as crises, para prevenir novas recaídas. A maioria dos pacientes precisa utilizar a medicação ininterruptamente para não ter novas crises. Assim o paciente deve submeter-se a avaliações médicas periódicas; o médico procura manter a medicação na menor dose possível para evitar recaídas e evitar eventuais efeitos colaterais. As abordagens psicossociais são necessárias pra promover a reintegração do paciente à família e a sociedade. Devido ao fato de que alguns sintomas (principalmente apatia, desinteresse, isolamento social e outros) podem persistir mesmo após as crises, é necessário um planejamento individualizado de reabilitação do paciente. Os pacientes necessitam em geral de psicoterapia, terapia ocupacional, e outos procedimentos que visem ajudá-los a lidar com mais facilidade com as dificuldades do dia a dia.

Como os familiares podem colaborar com o paciente?
Os familiares são aliados importantíssimos no tratamento e na reintegração do paciente. É importante que estejam orientados quanto à doença esquizofrenia para que possam compreender os sintomas e as atitudes do paciente, evitando interpretações errôneas. As atitudes inadequadas dos familiares podem muitas vezes colaborar para a piora clínica do mesmo. O impacto inicial da notícia de que alguém da família tem esquizofrenia é bastante doloroso. Como a esquizofrenia é uma doença pouco conhecida e sujeita a muita desinformação as pessoas se sentem perplexas e confusas. Freqüentemente, diante das atitudes excêntricas dos pacientes, os familiares reagem também com atitudes inadequadas, perpetuando um círculo vicioso difícil de ser rompido. Atitudes hostis, críticas e superproteção prejudicam o paciente, apoio e compreensão são necessários para que ele possa ter uma vida independente e conviva satisfatoriamente com a doença.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O que é Arte terapia?

"O homem se torna humano por sua vontade, por seu compromisso com a escolha."

Criar é expressar nossa existência, as emoções humanas mais profundas e a Arte terapia vai lidar com este processo criativo.

Criar abrange a habilidade em usar o cérebro para alterar, renovar, recombinar os aspectos da vida. Implica em sentir o mundo com vitalidade e fazer um novo uso do que se percebeu. É expressar nossas vivências, sonhos, conforme os sentidos e descobrir novas formas segundo as quais uma sociedade pode ser construída.
Criar é querer ser imortal.
A Arte terapia é o uso da arte como terapia. Embora seja uma atividade milenar, se desenvolveu há cerca de 60 anos. Consiste na criação de material sem preocupação estética e sim apenas de expressar sentimentos. Esta catarse é muito sadia e faz com que o indivíduo se reorganize internamente. A arte é por si só uma atividade regeneradora.
No processo criativo, a energia do inconsciente se liga a um arquétipo e o expressa numa linguagem simbólica. A arte é um canal para um nível não verbal de percepção que leva ao processo de individuação. Neste processo somos forçados a nos confrontar com diversas facetas de nosso íntimo que estão geralmente em conflito com nossas idéias e comportamento consciente.
A Arte terapia é então uma terapia que através da estimulação da expressão, do desenvolvimento da criatividade.
Favorece:
. A liberação de emoções, de conflitos internos, de imagens perturbadoras do inconsciente.
. Contato com ansiedades, conteúdos reprimidos, medos
. Coordenação motora.
. Mais e melhores "saídas" no dia a dia .
. O processo de individuação.
. Equilíbrio físico/ mental/ espiritual.

São muitos os instrumentos da arte terapia:
Os primários: Água, argila, areia, corpo
Os demais: Desenho, pintura, colagem, sucata, escultura (massa, papel marchê, durepox, etc) costura, tricô, culinária, teatro, dança, literatura, enfim todas as formas de arte.
Existem duas linhas:
A interpretativa - onde se interpreta todo material produzido.
A não interpretativa - onde o terapeuta não interpreta, embora entenda o conteúdo da criação. A arte por si só é regenerativa, pois libera todos os nossos "fantasmas".
A arte terapia pode ser aplicada:
à empresa ou instituições - neste caso o trabalho visa o desenvolvimento da criatividade, desenvolver o potencial pessoal e a diminuição do stress.
à escola - trabalha o desenvolvimento da criatividade, e o processo que o criar envolve: medo da expressão, do julgamento, ansiedade, auto estima, segurança em grupo.
No CAPS GERAL - trabalhamos com o processo criativo e o produto da expressão, entendendo melhor o paciente e ajudando-o no processo de integração de si mesmo, o equilíbrio.

Pode atender:
Crianças, adolecentes, dultos, terceira idade, excepcionais em geral (individual ou grupo).

Temas tratados na arte terapia:
Auto estima, amor incondicional, valores, expressão dos sentimentos bloqueados, perdão, capacidade de entrega, afeto / ternura, agressividade, contato com o Divino, autocrítica, limites, sexualidade / sensualidade, quebra da armadura corporal, medo, produtividade, ideais de vida, criança interior, maldade x bondade, masculino x feminino, natureza instintiva, morte x imortalidade, intuição, unidade do homem com a natureza, fusão com a totalidade...

Temos um grande orgulho de termos aqui no Caps Geral VI esse serviço com duas terapeutas, Drª Rejane e Drª Marília que são profissionais que faz a diferença na vida de nossos partilhantes. 

sábado, 25 de setembro de 2010

27 Outubro dia Nacional e 1º Outubro dia Internacional do Idoso - CAPS GERAL SER VI - Terá uma semana de atividades!

O envelhecimento faz parte de nossa vida! É um processo natural que se inicia no momento em que nascemos. Não é questão a ser aceita ou tese da qual se possa discordar. A gente envelhece e ponto. Não há, porém, limites estabelecidos para o término de nossa caminhada neste mundo. Temos é que manter sempre acesa a chama do entusiasmo, pois a vida tem encantos para aqueles que gostam dela.
Em nossa sociedade, porém, envelhecer é passar da atividade para a passividade. Isso significa deixar de fazer para que façam pela gente, deixar de ser cidadã/ão, deixar de ser família, etc. Assim limitadas e isoladas, as pessoas perdem a razão de viver. É como se as pessoas idosas não tivessem valor, habilidades, direito à opinião própria, etc. Algumas expressões que se ouvem em nossa sociedade, e até em nossas famílias, em relação às pessoas idosas mostram essa mentalidade: "lugar de velho é em casa", "está ficando igual a criança, quer participar de tudo", "velho não tem mais nada para aprender".
Na Bíblia, também podemos perceber que a atitude frente às pessoas idosas nem sempre foi tão pacífica ou tão tranqüila como, às vezes, ouvimos e afirmamos. Podemos perceber na leitura da Bíblia que as pessoas idosas não têm uma vida sem problemas, sem dificuldades. Mas a exortação quanto ao respeito, à valorização da sabedoria dos mais velhos sempre aparece. O Salmista, por exemplo, compara as pessoas que andam com Deus como árvores viçosas cheias de vigor e de frutos mesmo na velhice (Sl 92.13-15). A Bíblia nos mostra um horizonte diferente daquele que percebemos na nossa sociedade.

"Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda quando tiverdes cabelos brancos, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei."
(Is 46.4)

A família, a comunidade e a sociedade precisam dignificar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua liberdade, autonomia, bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. No contexto social temos várias formas agradáveis de viver esta fase da vida, participando de grupo de idosos, de dança, artesanato, realizando viagens, fazendo caminhadas, mantendo-se atualizado, freqüentando cursos e, desta forma, preenchendo significativamente o nosso envelhecer.
E você, que se considera nessa fase da vida, não pense no número de anos que já viveu. Pense, isto sim, em como desfrutar com muita coragem, perseverança e fé os anos que tem pela frente, dedicando-se a algo que lhe interesse e orgulhando-se de sua idade, por mais avançada que seja. Tudo isso manterá seu espírito alegre e juvenil. Enfrente, pois, o entardecer da vida com responsabilidade, alegria e muito amor. Esse entardecer não acaba em uma noite fechada, mas em um amanhecer cheio de esperança.
Vamos olhar para a pessoa idosa como ser humano integral, valioso e amado por Deus e por nós. Não podemos considerar apenas sua força física, mental e sua saúde. É preciso respeitar a personalidade formada, a riqueza da experiência acumulada. As pessoas idosas podem trazer de volta muitos valores perdidos pela sociedade de consumo e pela violência.

Dia 27/10 dia Nacional e 1º de Outubro dia Internacional do Idoso e o CAPS GERAL VI terá uma Semana de Atividades veja a programação!

PROGRAMAÇÃO.
Quinta-feira: 30/09/10
Manhã: “Coral da UNIFOR”, com a participação de uma de nossas usuárias: Sílvia dos Santos.

Segunda-feira: 04/10/10
Manhã: Vídeo Educativo.
Tarde: Exposição dos materiais produzidos nos grupos de T. O.
OBS: Oficina demonstrativa realizada por uma de nossas usuárias.
Canto e teatro e apresentação da monografia sobre arte terapia no CAPS AD SER VI.

Terça-feira: 05/10/10
Manhã: “Café da manhã para os idosos”

Quarta-feira: 06/10/10
Manhã: Verificação de Sinais Vitais. (Aux. Enfermagem – Ilná).
Tarde “Sala de Espera” – Assunto referente ao idoso. (Alunos de Enfermagem da FAMETRO)

Quinta-feira: 07/10/10
Manhã: “Momento de reflexão, celebração da vida.” (D. Gleydes).

Sexta-feira: 08/10/10
Manhã: “Reflexologia com o Enfermeiro Ivando”.
Caminhada dos usuários do Caps AD até o lago Jacareí onde roda de palestras e música.
Concentração 9:00 Local: Caps AD Ser VI. 
Tarde “ Encerramento da Semana do Idoso” - DANÇA.

Domingo 15/10/10
Confraternização com todos os CAPS em comemoração ao Dia Mundial da Saúde Mental, na praça José de Alencar.
Horário: 8:00 a 12:00.


Atenciosamente

EQUIPE CAPS GERAL-SER VI

                                       Organização: Drª. Rejane Melo e Ruby.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Oficina de Capacitação em Economia Solidária.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE / PMF) em parceria com a Rede Estrela de Iracema realizou no período de 17 à 22/08/10 a Oficina de Capacitação em Economia Solidária. Participaram várias organizações não governamentais e públicas, dentre os participantes o CAPS GERAL VI de Messejana, que enviou dois participantes: um usuário e um familiar.

A Oficina de Capacitação em Economia Solidária ocorreu na Associação do Santo Dias, no Parque Santa Maria. Participaram 11 comunidades das regionais de Fortaleza. As atividades foram distribuídas e conteúdos teóricos e práticos, constando em dinâmicas de grupos e simulação de comercialização de produtos.

Os representantes do CAPS GERAL VI de Messejana, Maria Auxiliadora Melo de Oliveira e Washington Oliveira Costa, retornaram da capacitação bastante motivados e dispostos a realizar os conhecimentos adquiridos com os demais participantes do grupo de produção.

Observamos nos depoimentos dos participantes a empolgação e a grande importância dessa capacitação para a melhor inserção para o mercado de trabalho.

“Aprendemos como as pessoas se reúnem para melhorar financeiramente”

“Não sabia que existia a economia solidária no Brasil!”

“Aprendi muito, pois eu não sabia nada de economia!”

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A terrível epidemia da depressão, pânico, fobias, ansiedades generalizadas...

Vira e mexe, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte: estamos cada vez mais próximos de uma falência efetiva global! Os transtornos de comportamento, distúrbios psíquicos e adição a drogas caminham para se tornar o maior problema de saúde do mundo!

Globalizamos a tristeza, os medos, a preocupação sem fim, a síndrome do pensamento disparado, que nos impede de ter acesso ao relaxamento, à alegria, ao prazer de viver. "Mortos-vivos" que, na sua linguagem cotidiana, repetimos de forma banal, expressões que nem percebemos:

-"Doutor, eu morro de medo de...."

-"E morro de preocupação com..."

-"Eu morro de tristeza com meus filhos..."

Enfim morre-se de algo terrível a cada segundo já que pela física quântica aplicada ao psiquismo humano "pensar equivale a uma realidade" para o cérebro. Afinal, este é um mero computador (hardware) que processa as três energias psíquicas: pensamentos, emoções e pulsões.

Softwares" que rodamos no cérebro. Ora, como este não sabe distinguir entre imaginação, sonhos ou realidade (o exemplo clássico é de um adolescente que consegue o orgasmo, ora se masturbando, ora tendo um sonho erótico, ora efetivamente transando com uma colega), chegamos assim ao "inferno mental": sofremos por antecipação nos angustiando com ideias negativistas, vendo um mundo-cão, devorando as notícias terríveis do caso Bruno, dos Nardoni e as atrocidades diárias que nos fazem negativistas, medrosos, descrentes com os nossos semelhantes!

Não vivemos, apenas sobrevivemos a mais um dia, mais um ano. E tudo isso, em meio a tecnologias avançadas com celulares que só faltam falar, TV’s de plasma, internet a nos viciar, games psicóticos, "fofocoterapias" graves nos Orkuts, Msn, Twitters e outras tecnofilias. Quanto mais sofisticados eletronicamente, mais falidos afetivamente!

Ninguém tem tempo de relaxar, ser feliz, olhar a lua, ver o dia nascer, fazer cafuné em quem ama, ser leal, dar e receber afeto, compreender o semelhante , respeitá-lo.

Abuso de bebida, de drogas, corrupção financeira, sexo promíscuo, suicídio, separações conjugais, dificuldades crescentes nas relações interpessoais em casa, no trabalho ou escola, na vida social...

E pensar que Deus nos criou para o prazer, alegria, serenidade para sonhar e ter paz de espírito!

Aonde nos perdemos deste caminho?!


 Eduardo Aquino (Médico, psiquiatra, neurocientista,paletrista)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Espiritualidade na vida e no consultório faz bem à saúde.


A fé pode curar um paciente? Quem frequenta a igreja fica menos doente ou até vive mais? E aquele doente que vai para a cirurgia com a medalha da santa na mão tem chances de se recuperar melhor do que o paciente cético? Médicos de diferentes áreas em todo o mundo independentemente de credo buscam comprovação científica para a relação entre espiritualidade e saúde. Nos EUA, a maioria dos cursos de medicina possui, na grade curricular, disciplinas que discutem doença, fé, cura e espiritualidade com os futuros médicos e como abordar o assunto com seus pacientes. Por aqui, a discussão começa a despontar.
Muitos dos inumeráveis estudos científicos são realizados por importantes universidades estrangeiras e publicados em revistas especializadas em medicina.
Em parte, diz o psiquiatra Harold Koenig, diretor do Centro para Estudos da Religião, Espiritualidade e Saúde da Universidade Duke (EUA), esse "reencontro entre Deus e medicina" partiu dos pacientes, que estão exigindo maior humanização no atendimento, e de constatações científicas de que a crença religiosa pode influir para o bem ou para o mal na saúde do homem.
Os cientistas descobriram que a religião dá aos pacientes mais tranquilidade para expor seus problemas e serenidade para se entregarem a procedimentos cirúrgicos, diz o cardiologista Roque Marcos Savioli, um dos pioneiros no Brasil a levar Deus para o consultório, ou melhor, a introduzir o assunto durante a consulta. Ele até sugere ao paciente mais religioso que reze junto com ele durante o exame clínico. "Isso é um calmante", diz o médico, autor de "Milagres que a Medicina Não Contou" e "Depressão - Onde Está Deus?" (ed. Ágape).

Koenig, o papa dos estudos sobre espiritualidade e medicina, afirma que, entre as 24 pesquisas que já realizou em 20 anos, a que mais o surpreendeu foi a que abordou o efeito da fé sobre o sistema imunológico.

Entre 1986 e 1992, foram colhidas 4.000 amostras sanguíneas de pessoas com mais de 65 anos que frequentavam regularmente a igreja ou não tinham hábitos religiosos. O objeto de estudo foi a interleucina-6, proteína do sangue que indica o estado do sistema imunológico. O nível da proteína foi maior entre os fiéis, "o que quer dizer melhor sistema imunológico".

Para aproximar médicos da vida espiritual de seus pacientes, o American College of Physicians, maior sociedade americana de especialidades médicas, sugere aos profissionais que, durante a anamnese, sejam feitas quatro questões. São elas: se a crença do paciente traz conforto ou estresse assim é possível saber como ele lida com a doença, se a religião poderia interferir no tratamento médico, se considera que sua saúde mental tem relação com a espiritualidade e se gostaria de falar a respeito de religião com o médico. Sobre este último tópico, uma pesquisa americana apontou que 77% dos pacientes gostariam que o médico falasse sobre religião, mas só 10% deles falam em Deus com seus pacientes, diz Savioli.

No entanto abordar o assunto pede cautela. "O paciente pode pensar que está morrendo e que só um milagre divino pode salvá-lo", brinca Koenig.

"Algumas crenças não dão esses benefícios que estão sendo descobertos pela ciência, pois não acreditam em um Deus pacífico, misericordioso, mas em um que pune e é severo. Se não acreditam no perdão, os fiéis se sentem culpados e ficam mais deprimidos, aumentando o nível de cortisol, reduzindo o sistema imunológico e, consequentemente, piorando o quadro clínico", diz Koenig.

E é nisso que se apóiam os críticos mais fervorosos da idéia de estreitar as relações entre medicina e religião. "Muitos pacientes atribuem a doença à punição divina e simplesmente ignoram qualquer tratamento médico, já que 'Deus quis assim'. Pelo excesso de fé, fiéis podem literalmente entregar nas mãos de Deus uma doença grave, negando qualquer tratamento médico", diz o professor de psiquiatria Richard Sloan, da Universidade de Colúmbia (EUA). Além disso, para ele, as metodologias dessas pesquisas não se sustentam, referindo-se a um dos estudos de maior repercussão: o poder da reza a distância.

Publicado na revista científica "American Heart Journal" em 2001, o estudo da Universidade Duke dividiu, em dois grupos, 120 pacientes cardíacos submetidos à angioplastia. Para um grupo de pós-operados, sem que soubessem, foram feitas orações por rabinos, pastores, padres, budistas, entre outros, durante um ano. Resultado: eles tiveram de 25% a 30% de redução dos efeitos colaterais como morte, insuficiência cardíaca e ataque cardíaco em relação aos demais. Essa foi a primeira fase do estudo chamado de Mantra (Monitoring and Actualization of Noetic Trainings). A segunda etapa, com 700 pacientes, acaba de ser concluída. E, surpresa, não houve alteração entre o grupo que recebeu as preces e o outro.

Para Sloan, "isso é ciência 'junkie', é perda de tempo. É difícil estabelecer um controle sobre o grupo, pois muitas pessoas já rezam para o doente". Para o psiquiatra Fabio Herrmann, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, pesquisas não fundamentadas podem provar qualquer coisa que se queira. "Mas não se pode negar o fato de que a igreja funcione como substituta da terapia. Aproxima as pessoas", diz ele, autor de "Psicanálise da Crença" (ed. Artmed).

Cruzada religiosa
O Instituto de Saúde dos Estados Unidos pretende aplicar US$ 3,5 milhões nos próximos anos em medicina do corpo e da mente, segundo reportagem de novembro da revista "Newsweek". Persistente na premissa de que os princípios da evolução e a idéia de Deus como criador são compatíveis, o magnata americano John Templeton, 92, aplica US$ 40 milhões por ano em pesquisas que tentam se aproximar de sua convicção."É por isso que, no Brasil, não há estudos como lá fora. Não existe investimento financeiro nesse campo de pesquisa", diz Alexander Moreira de Almeida, psiquiatra e coordenador do Neper (Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos). Para Koenig, nesse aspecto o Brasil hoje está como os Estados Unidos estavam dez anos atrás.

É importante lembrar que humanização ou qualidades como espiritualidade e religiosidade não se limitam a quem segue práticas como frequentar um templo e orar. "É estreitar a relação com o paciente, começando com pequenos detalhes, como um consultório mais simpático e acolhedor", afirma o dentista Dalton Luiz de Paula Ramos, professor de bioética da USP, membro da Pontifícia Academia Pro Vita, do Vaticano, e coordenador do Núcleo Fé e Cultura, da PUC.

"A espiritualidade faz parte da formação do caráter. A cultura influencia profundamente o desenvolvimento do caráter. Se faz parte da cultura, a religião faz parte do caráter", reflete Almeida.

m um ponto, médicos céticos ou não concordam: o paciente deve ser tratado como um ser completo. "Não é um coração que vai ao consultório, é um ser humano", diz o dentista e médico do Vaticano.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Transtornos mentais atingem 23 milhões de pessoas no Brasil.

Agência Brasil

BRASÍLIA - No Brasil, 23 milhões de pessoas (12% da população) necessitam de algum atendimento em saúde mental. Pelo menos 5 milhões de brasileiros (3% da população) sofrem com transtornos mentais graves e persistentes.
De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, apesar de a política de saúde mental priorizar as doenças mais graves, como esquizofrenia e transtorno bipolar, as mais comuns estão ligadas à depressão, ansiedade e a transtornos de ajustamento.
Em todo o mundo, mais de 400 milhões de pessoas são afetadas por distúrbios mentais ou comportamentais. Os problemas de saúde mentais ocupam cinco posições no ranking das dez principais causas de incapacidade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dados da OMS indicam que 62% dos países têm políticas de saúde mental, entre eles o Brasil. No ano passado, o País destinou R$ 1,4 bilhão em saúde mental.
Desde a aprovação da chamada Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei nº 10.216/2001), os investimentos são principalmente direcionados a medidas que visam a tirar a loucura dos hospícios, com a substituição do atendimento em hospitais psiquiátricos (principalmente das internações) pelos serviços abertos e de base comunitária.
Em 2002, 75,24% do orçamento federal de saúde mental foram repassados a hospitais psiquiátricos, de um investimento total de R$ 619,2 milhões. Em 2009, o porcentual caiu para 32,4%. Uma das principais metas da reforma é a redução do número de leitos nessas instituições. Até agora, foram fechados 17,5 mil, mas ainda restam 35.426 leitos em hospitais psiquiátricos públicos ou privados em todo o país.
A implementação da rede substitutiva - com a criação dos centros de Atenção Psicossocial (Caps), das residências terapêuticas e a ampliação do número de leitos psiquiátricos em hospitais gerais - tem avançado, mas ainda convive com o antigo modelo manicomial, marcado pelas internações de longa permanência.
O País conta com 1.513 Caps, mas a distribuição ainda é desigual. O Amazonas, por exemplo, com 3 milhões de habitantes, tem apenas quatro centros. Dos 27 estados, só a Paraíba e Sergipe têm Caps suficientes para atender ao parâmetro de uma unidade para cada 100 mil habitantes.
As residências terapêuticas, segundo dados do Ministério da Saúde referentes a maio deste ano, ainda não foram implantadas em oito Estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Rondônia, Roraima e Tocantins.
No Pará, o serviço ainda não está disponível, mas duas unidades estão em fase de implantação. Em todo o Brasil, há 564 residências terapêuticas, que abrigam 3.062 moradores.









quarta-feira, 21 de julho de 2010

A deficiência do pouco caso








Ser deficiente é ser:
omitido, esquecido, 
maltratado.
É ser deixado de lado.
Ser deficiente
       É ser desrespeitado,
           É ser abandonado,
                 É ser tratado com descaso
                     É ser discriminado.
Ser deficiente
       É ser engraçado
           É ser ridicularizado
               É ser zombado
                   É ser enganado.
Ser deficiente
       É ser homens
           É ser mulheres
              É ser adolescentes
                  É ser crianças
                     É ser eleitores
                       É ser pagador de impostos
                             É ser cidadão responsável.
Ser deficiente
É ser uma grande parte da sociedade.
Que elege vereadores, prefeitos, deputados estaduais.
Que elege governadores, deputados federais, senadores e presidentes.
Ser deficiente.
É ser uma força poderosa.
Que alguns governos municipais, estaduais e federais não querem respeitar.
Ser deficiente.
É ser a gota d’água que falta
É ser voto que faz a diferença.
Ser deficiente também é o que define.


















Autor: Ancelmo Gomes Amorim.(Usuário de nossa unidade).


                                                      
                                              

terça-feira, 6 de julho de 2010

Festa Junina

Origem da Festa Junina

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Festas juninas no Nordeste.
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Tradições
As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

O CAPS teve seu momento junino foi muito legal mesmo!
Devido ao evento da Copa do Mundo a decoração foi Brasil, África.


A decoração

Tivemos muitos problemas, mais não foi o suficiente para atrapalhar a realização do nosso Arraia.                                        
“1º Arraia da Nega Maluca da Casa do Cumpade Caps”, foi um sucesso, ou melhor, uma loucura de alegria.
                                                                    A Nega Maluca

Os organizadores


Os  pacientes


Os comes e bebes.

Foi maravilhoso ver a felicidade estampada no rosto de cada um deles, valeu, o Caps também é alegria,  festa é vida!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

CAPS em Movimento...

Mudança e transformação traduzem o sentido da vida. O novo é uma necessidade que se impõe a cada minuto. Porém, o caminho para este novo causa perdas e, somente superando o medo e a dor da perda, a mudança nos coloca de frente com o maior espetáculo da vida: "o viver" !


O CAPS tem passado por algumas mudanças e transformações, mesmo com dificuldades estamos buscados dar melhor contidições aos nossos pacientes. Começamos essa semana a pitura de nosso muro com grafitagem vai ficar muito bacana.





A Terapia Ocupacional - TO com a Drª Rejane, já começou a recortar e confeccionar a decoração do nosso Caps para entrarmos no clima junino e Copa do Mundo.


 
  

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Saúde Mental ( Publicação Diário do Nordeste dia 23/5/2010).

Reduzir leitos psiquiátricos, mas com reposição de vagas.

Por falta de atendimento, a Lei da Reforma Psiquiátrica ainda não alcançou tratamento digno
Todos somos cidadãos e temos direito à dignidade, inclusive quem ultrapassa a linha da sanidade. Em defesa dessa afirmação, os tradicionais manicômios, que serviam para abrigar pessoas que passam por sofrimento psíquico utilizando o isolamento social e uma forma desumana de tratamento, hoje, não são mais considerados o modelo ideal de atenção.
Com a reforma psiquiátrica, alicerçada pela Lei 10.216/2001, leitos em hospitais psiquiátricos estão sendo extintos para dar lugar a tratamentos em locais como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Centros de Convivência e Residências Terapêuticas.
A lei entende que as internações prolongadas não levam o paciente à cura, não lhe possibilitam uma vida digna. Pelo contrário, segregam. O modelo ideal, segundo o professor de Psiquiatria do Universidade Federal do Ceará (UFC), Antônio Mourão, é o que articula toda a rede de saúde mental.

Distorcida.
Contudo, a reforma costuma ser interpretada de maneira distorcida, quando restringe a assistência em regime de internação ao portador de transtorno mental, quando indicada. Além disso, nem sempre as unidades alternativas de tratamento atendem à demanda ou possuem estrutura adequada.
De acordo com o diretor-geral do Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSMM), Marcelo Theophilo Lima, há casos que podem ser resolvidos na atenção primária, outros na rede secundária, mas também existem pessoas que necessitam de internação em hospital e que vão ficar sem atendimento com a redução das vagas.
"O que falta é vencer o preconceito presente nos hospitais clínicos que faz com que essas unidades não recebam pacientes com transtornos mentais", salienta Lima. Para o presidente da Sociedade Cearense de Psiquiatria (Socep), José Alves Gurgel, a solução não está em extinguir as unidades em hospitais psiquiátricos, mas melhorá-las. Gurgel é contra a redução desses leitos. "É preciso que haja a substituição das vagas nos hospitais gerais", acrescenta.
Isso porque as unidades para tratamento de transtornos mentais disponíveis no Ceará são insuficientes. Somente 93 Caps atendem em todo o Estado e apenas 14 em Fortaleza. "Um Caps é para uma demanda de 50 mil habitantes e não de 200 mil", ressalta o presidente.
No HSMM, único hospital público do Ceará que recebe pacientes com distúrbios mentais, são 160 leitos psiquiátricos masculinos e femininos e 20 para desintoxicação de álcool e drogas, número considerado pequeno para a demanda.
"Fora isso, o atendimento do PSF (Programa Saúde da Família) é precário. É preciso aumentar a quantidade de Caps para que os pacientes não entrem em crise e não precisem de internação", sugere José Alves Gurgel. A estrutura também não é satisfatória. Normalmente, faltam medicamentos nos centros, como informa o diretor-geral do HSMM. "Assim, os pacientes são despachados para o hospital para receber os remédios".
Além disso, a Rede de Atenção em Saúde Mental do Município de Fortaleza tem funcionamento desarticulado, como informa o diretor, impedindo que o tratamento dos pacientes tenha continuidade e eficácia. "Isso é causa de repetidas internações com elevados custos sociais para pacientes e familiares, e financeiros para o Sistema Único de Saúde (SUS)", lembra.
De acordo com a integrante do Colegiado de Saúde Mental do Município, Rane Félix, a partir de 2001, ano de sanção da Lei da Reforma Psiquiátrica, a Saúde Mental de Fortaleza tem passado por mudanças estruturais. Mas foi em 2005 que o Município ampliou a cobertura de atendimento. "Hoje, temos 14 Caps, entre eles, os do tipo II, álcool e drogas e infantis. Há, ainda, 32 leitos em uma unidade de saúde mental em hospital geral". Atualmente, a gestão municipal prepara a ampliação da Rede de Atenção Integral aos Usuários de Álcool e Outras Drogas, pela implantação de dois Caps AD (Álcool e Drogas), com funcionamento 24h, segundo Rane Félix. "Mas também se estuda a ampliação do horário de atendimento nos Caps gerais. A meta é transformar um Caps AD e um geral em tipo III", informa.
Leitos
Além disso, a coordenadora acrescenta que leitos para atendimentos em saúde mental serão criados nos oito hospitais distritais. Ainda serão implementadas vagas para usuários de drogas e álcool por meio do Serviço Hospitalar de Referência em Álcool e Outras Drogas, na Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, destinadas para tratamento da intoxicação, abstinência e complicações.
CAPS - 14
É o número de Centros de Atendimento Psicossocial presentes em Fortaleza. Desses, seis são gerais, seis AD e dois infantis, distribuídos entre as seis Regionais da Cidade.  93. Caps estão presentes nos municípios do Estado do Ceará, dos quais 40 são do tipo I, 27 do tipo II, três do tipo III, seis infantis e 17 Álcool e Drogas. Em todo o Brasil, são 1.502 centros

OPINIÃO DO ESPECIALISTA
Modelo atual é ideal se tiver mais estrutura
Antônio Mourão*
Professor de Psiquiatria da UFC

A luta antimanicomial fez com que os hospitais psiquiátricos deixassem de funcionar como verdadeiros depósitos humanos. O propósito da reforma é que a saúde mental deixe de ser hospitalocêntrica para se tornar uma rede composta por uma série de estruturas fundamentais para o tratamento das pessoas com transtornos mentais. Primeiro, os postos detectam possíveis problemas. Em seguida, as pessoas são encaminhadas para os Caps a fim de serem acompanhadas por psiquiatras. Lá, têm atividades em grupo e recebem assistência. Os mais graves precisam ser internados.
O modelo que vem sendo pregado pela reforma psiquiátrica é o ideal, se for acompanhado de uma estrutura adequada. É preciso, por exemplo, que cada hospital geral tenha uma unidade especializada no tratamento de doentes mentais. Crianças com problemas de drogas não devem ser atendidas junto com os jovens ou com outras crianças com problemas mentais.
O problema é que a Rede de Saúde Mental do Município não conta com recursos financeiros nem humanos. Os Caps, por exemplo, não têm psiquiatras. Os profissionais que atendem nas unidades são terceirizados, sem vínculo com a Prefeitura de Fortaleza. Isso facilita o tráfico de influência politiqueira. No Interior do Estado, é ainda pior. Lá, são as enfermeiras que passam os remédios para os pacientes.
Quanto à estrutura física, os prédios dos Caps são alugados, muitos têm estrutura antiga que foi adaptada, apresentando problemas de eletricidade e segurança. Mesmo com precariedade, os centros funcionam, mas a demanda tem aumentado.

SAÚDE MENTAL
Conferência vai discutir oportunidades de melhoria

Na semana em que se comemorou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, a discussão sobre a efetiva implementação da Lei da Reforma Psiquiátrica vem à tona. No Brasil, quase 60 mil pessoas ainda continuam presas em hospícios.
Na tentativa de discutir a saúde mental no País, será realizada, em julho próximo, a Conferência Nacional de Saúde Mental. O Ceará, que conta com a lei estadual Mário Mamede pela extinção progressiva dos hospitais psiquiátricos e substituição por uma rede extra-hospitalar de atendimento, ainda precisa avançar muito a fim de melhorar a rede de saúde mental.
Para tanto, propostas serão levadas à conferência, como a ampliação do funcionamento dos Caps; a criação de leitos de desintoxicação e psiquiátricos em hospitais gerais; a transformação dos Caps II em III, com a presença obrigatória do psiquiatra; o aumento da sociabilidade como forma de tratamento nas unidades; e a contratação de profissionais concursados a fim de evitar a rotatividade.
"É preciso que os locais de atenção à saúde mental passem a contar com assessoria jurídica e departamentos de direitos sociais e previdenciário a fim de garantir os benefícios das pessoas com transtornos mentais", acrescenta a coordenadora do Fórum Cearense da Luta Antimanicomial, Núbia Caetano.
A Sociedade Cearense de Psiquiatria (Socep) defende, com ênfase, a criação de ambulatório especializado de Psiquiatria também em Serviços de Assistência Médica Especializada, como as policlínicas e os centros de especialidades médicas, com o objetivo de prestar assistência aos portadores de transtornos mentais não-psicóticos.
Fora isso, implantação de ambulatório especializado em dependentes químicos nos hospitais gerais é outra proposta. "Que se criem leitos para pacientes com transtornos mentais em hospitais infantis, equipes similares às dos Caps para a população prisional e, ainda, que se melhore a situação dos manicômios judiciários", diz o presidente da Socep, José Alves Gurgel.
Boa parte dos pacientes com problemas psíquicos acabam sendo encaminhados para o Hospital de Saúde Mental de Messejana, até mesmo os que não precisam de internação. Mas a estrutura da unidade já não comporta tanta gente. Muitos são obrigados a esperar por uma vaga.
Dependente químico
O serralheiro Francisco Coelho da Costa, dependente químico, já ficou internado por 15 dias na Unidade de Desintoxicação do HSMM e recebeu alta. Porém, como conta, teve recaída e precisou ser internado novamente. "Quero ficar no Hospital de Messejana porque, nos outros, a droga entra. Já estive no São Vicente de Paulo e fui maltratado lá. Também já procurei os serviços do Caps, mas eles me mandaram para cá", explica.
De acordo com Francisco, que é de Crateús, ele já vendeu tudo para pagar dívidas de drogas e a sua mulher o abandonou. "Quero ficar bom", diz.
A estudante Raquel de Araújo diz gostar de ficar no HSMM. Ela, que sofre de transtorno bipolar afetivo, já frequentou o Caps de Messejana, mas a necessidade era de internação. "Agora já estou boa. Vou sair na próxima semana e fazer até faculdade", comemora.

FIQUE POR DENTRO
Legislação
A Lei 10.216, da Reforma Psiquiátrica, sancionada em 6 de abril de 2001, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Os direitos são assegurados sem qualquer forma de discriminação. São eles: ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, ser tratado com humanidade e respeito, ser protegido contra abuso e exploração, ter sigilo e direito à presença médica. A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. O tratamento visará à reinserção social do paciente em seu meio. É vedada a internação de pessoas portadoras de transtornos mentais em instituições com características asilares.

LINA MOSCOSO

REPÓRTER