domingo, 23 de janeiro de 2011

PSICOSE

Psicose é um sofrimento mental grave que limita muito a vida das pessoas. Há diferentes tipos. Veja os sintomas e passos para o tratamento.
Psicose é o nome usado para um problema médico que afeta o cérebro de maneira que a pessoa perde o contato com a realidade. Quando a pessoa tem este problema de repente, dizemos que ela tem um episódio ou surto psicótico. Uma pessoa pode também ficar com a doença pelo resto da vida, o que chamamos de psicose crônica.
Psicoses ocorrem com mais freqüência no final da adolescência e início da vida adulta, algo entre os 17 e 28 anos de idade, mais ou menos. De cada 100 pessoas da população, 3 terão um episódio psicótico na vida. Ela atinge qualquer pessoa, de qualquer raça ou classe social.

Os sintomas principais são:
  1. 1) Pensamentos desorganizados – não se entende bem o que a pessoa psicótica está dizendo, não faz sentido o que ela diz. Pode haver dificuldade de concentração. Os pensamentos podem estar acelerados ou muito lentos.
  2. 2) Alucinações – so alterações da percepção. O psicótico vê coisas, ouve vozes ou sons, sente sabores que não existem na realidade. Pode ouvir vozes de perseguição, ver um animal querendo atacá-lo que não existe naquele ambiente.
  3. 3) Delírios ou crenças falsas – delírio é uma alteração do conteúdo do pensamento. Há delírios de grandeza (“Eu sou o presidente do país.”), de ciúme (“Todos me traem.”), de perseguição (“Você [dizendo para o médico] está aqui para me matar!”), místicos (“Eu sou Jesus Cristo.”), etc. A pessoa crê ser isto real. E nada a convence de que não é.
  4. 4) Mudança de sentimentos – ocorrem sem razão aparente. Sensação de isolamento do mundo, estranheza, como se tudo se movesse em câmara lenta, e ora muito alegre, ora deprimido demais, ou sem nenhuma emoção, como se fosse uma máquina.
  5. 5) Mudança de comportamento – a pessoa pode estar acelerada e agitado, andando de lá para cá o tempo todo, ou extremamente parada (catatonia), passando horas e dias sentada sem fazer nada com olhar perdido. Pode ficar rindo sem motivo (hebefrenia). A mudança do comportamento depende de outras alterações, por exemplo, se a pessoa tem alucinação auditiva de que uma voz está lhe dizendo para fugir, ela ficará muito inquieta e irá querer sair correndo. Ou pode estar muito assustada e não conseguir dormir. Outros param de comer porque há no delírio a idéia de que colocaram veneno na comida.
Num primeiro episódio psicótico a pessoa começa com alterações pouco perceptíveis, e ela pode descrever mudanças que percebe, como por ex., dizer que não consegue sentir sentimentos como antes, que alguns pensamentos perturbam, têm insônia, sente-se meio aérea como estando saindo da realidade. Em seguida a isto ocorre a crise aguda na qual surgem os sintomas psicóticos citados acima. Depois podem recuperar com tratamento. Muitos tem só uma crise na vida, outros têm recaídas e outros ainda nunca recuperam.
Alguns tipos de psicose são:
  1. 1) Psicose induzida por drogas – como álcool, maconha, cocaína, etc. Alguns dos usuários de drogas podem já ter tido comportamento um tanto psicótico e a droga piora seu estado mental, enquanto que outros desencadeiam o surto com o uso da droga.
  2. 2) Psicose orgânica – causada por lesão cerebral ou enfermidade física que altere o funcionamento do cérebro, como a encefalite, a AIDS, tumor cerebral, reação química a certos remédios em pessoas predisponentes talvez (pós-cirúrgico).
  3. 3) Psicose reativa breve – sintomas aparecem de forma súbita em resposta a um evento muito estressante para uma pessoa muito sensível. A pessoa recupera em poucos dias.
  4. 4) Esquizofrenia – quando há mudanças psicóticas por pelo menos seis meses. Atinge uma em cada 100 pessoas. Há diferentes tipos como a paranóide, hebefrênica, catatônica, simples.
  5. 5) Transtorno Bipolar – era chamada de psicose maníaco-depressiva. Há alteração do estado de humor caracterizado pela alternância de momentos de exagerada euforia (mania) com depressão. Na fase da euforia a pessoa se acha um deus onipotente e faz coisas fora da realidade, como comprar coisas sem ter como pagar, planejar viagens fantásticas, etc. Na fase depressiva pode escutar vozes que lhe dizem para matar-se.
  6. 6) Transtorno esquizoafetivo – a pessoa tem alterações como no bipolar e no esquizofrênico mas não se enquadra em nenhum dos dois diagnósticos.
O tratamento da psicose inclui:
  1. Medicamentos prescritos por médico psiquiatra;
  2. Orientação familiar;
  3. Hospitalização se necessário;
  4. Hospital-dia, CAPS nas cidades, Terapia Ocupacional;

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

PSICOTERAPIA eu?? Não sou louco!

Imagine uma sala escura que você não conhece e vai entrar pela primeira vez, o papel do psicoterapeuta é acender a luz, com a claridade você poderá ver o que tem na sala e decidir o que quer fazer com isso, onde quer sentar, se quer mudar algo de lugar, se vai trocar a mobila ou a cor das paredes, etc... Algumas pessoas acreditam erroneamente, que o psicoterapeuta esta lá para dizer o que você deve fazer com sua vida e por isso não o procuram. A palavra PSICOTERAPIA vem de therapia - que significa tratar, cuidar e psic.(o) que se refere a mente, portanto, psicoterapia é um processo de busca de conhecimento e desenvolvimento pessoal e principalmente de ajuda. PSICOTERAPIA não é magia, o psicólogo não tem uma varinha de condão que vai alivia-lo de todos os seus males ou resolver todos as suas dificuldades. A psicologia é uma ciência e uma profissão que tem como objeto de estudo o comportamento humano. O que basicamente orienta o psicólogo não é sua forma pessoal de compreender o mundo, o psicólogo não é um professor da vida, é um profissional treinado e habilitado para conduzi-lo nesse difícil processo de AUTOCONHECIMENTO. O papel do psicoterapeuta é iluminar o caminho para permitir que você faça escolhas, é difícil escolher no escuro. Não é um doutrinador, alguém que vai impor seus valores morais, crenças e verdades próprias. Também não é um juiz que vai decidir entre certo/errado ou dar seu parecer sobre o que pensa a respeito deste ou daquele comportamento. É alguém que fará uma proposta de relação de respeito, aceitando você como é em sua completude, com suas particularidades, incondicionalmente. Lembre-se: aceitar não significa concordar. Apesar da similaridade humana, as pessoas são diferentes, justamente por isso, cada processo de psicoterapia é único, cada pessoa é especialmente diferente em suas necessidades, em seu ritmo, e em seus potenciais emocionais, físicos e intelectuais. Psicoterapia è um processo de "mão dupla" onde é necessário alguém que queira ajudar (psicoterapeuta) e alguém que queira ser ajudado, mas principalmente, esteja disposto a se ajudar. Ninguém ajuda ninguém que não queira ser ajudado, já dizia meu avô. Quem são os Psicoterapeutas? São os profissionais da área da saúde (Médicos-Psiquiatras e Psicólogos) que se especializam no tratamento clínico. É importante que você escolha alguém com quem você tenha um mínimo de empatia, que seja de sua confiança, ou indicado por alguém em quem confie, além é claro, de ser um profissional preparado para essa função. Porque as pessoas fazem psicoterapia? O ser humano é resultado de sua historia, nascemos com potenciais de saúde (características herdadas) e necessitamos de provisão externa para nos desenvolver. Somos influenciados e influenciamos todo o tempo. Nascemos totalmente espontâneos e criativos e somos moldados para vivermos socialmente, podados de forma mais ou menos severa, dependendo da visão de mundo e principalmente da saúde interna de nossos educadores. Recebemos modelos sociais todo o tempo, os mais fortes geralmente são os que surgem de nossas primeiras experiências de vida e de vivenciar a sociedade, que acontece através de nossos pais, ou daqueles que fazem esse papel. Você já parou para pensar que toda família tem um código particular? Você já presenciou uma troca de olhares entre dois irmãos que só eles entendem, sem precisarem dizer uma só palavra? Ou regras do tipo: quem se serve primeiro no jantar, as crianças ou os pais? Os da casa ou as visitas? Ou aquela regra que ninguém nunca falou, mas que todos na casa sabem? Pois é, isto é família, é código, são alguns dos parâmetros que usamos para nos relacionar com o mundo, consciente e inconscientemente. Algumas das dificuldades surgem, quando pensamos que todos são iguais, como se todos fossem da mesma família, com as mesmas regras e hierarquias. O processo de psicoterapia faz também este trabalho de "pesquisa" e revela esses códigos, nossa forma de nos relacionar, nossas expectativas e desejos, ajudando a traze-los para a consciência, e uma vez conscientes, podemos enfim decidir o que fazer com eles, quais alterar e quais preservar. Nós somos seres sociais, vivemos em relação todo o tempo e necessitamos do outro para crescer e nos desenvolver fisicamente (nos primeiros anos de vida) e psicologicamente (durante nossa vida toda). Somos o resultado de nossas características hereditárias e do nosso potencial de saúde acrescido das influencias que recebemos resultantes das crenças e dos valores morais de nossos pais/educadores. Nascemos totalmente espontâneos e criativos e temos o potencial para nos relacionarmos afetivamente e intimamente, mas dependemos do aprendizado. As vivências que temos durante nosso desenvolvimento emocional moldarão nossa forma de perceber e ver o mundo, e nos darão parâmetros para nos relacionarmos com ele. São dessas experiências que nascem nossa autoestima e nosso sentimento de segurança pessoal. O ser humano é dinâmico e sempre tem a possibilidade de crescimento e transformação, portanto as dificuldades emocionais que adquirimos como resultado de nossa historia de vida podem ser superadas. Estamos continuamente aprendendo com nossas relações, todo o tempo. A relação de psicoterapia torna-se um novo modelo, uma nova proposta, onde passamos a compreender nossa historia, perceber e entender a nossa responsabilidade naquilo que nos acontece e onde contribuímos, mesmo sem perceber, para nossas dificuldades.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Síndrome do Pânico


Nos ultimos tempos, um grande número de pessoas vêm sendo afetadas por esse terrível mal. Trata-se de uma situação limite, sempre relatada de forma extremamente dramática pelas pessoas que vivenciaram ou que ainda vivenciam tal situação.
Essas pessoas se percebem inteiramente tomadas por sensações assustadoras descritas de maneira muito semelhante: aflição no peito, taquicardia, sudorese, contrações musculares, medo de perder o controle, sensação de morte iminente. São manifestações físicas e psíquicas que reunidas formam o quadro sintomatológico da Síndrome do Pânico conforme reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Tal instituição, ao se encarregar da publicação dos diferentes manuais de psiquiatria, especifica os critérios de diagnóstico e, por conseguinte, circunscreve os diversos distúrbios, formalizando assim as doenças. A partir desse referencial a Síndrome do Pânico se distingue dos demais tipos de ansiedade pelo que é considerado a sua principal característica: crises de pânico súbitas sem fatores desencadeantes aparentes.
Em geral, segundo relato das pessoas acometidas pela Síndrome do Pânico, instala-se o que vem sendo chamado de "medo do medo", isto é, o medo de que a crise retorne. Devido a um processo de associação, a partir da primeira crise, qualquer estímulo interno (uma dor, tonteira, alterações nos batimentos cardíacos, etc) ou externo (um lugar, um cheiro, túnel, ônibus, metrô, etc) pode remeter à situação das crises anteriores e funcionarem como o elemento-índice, desencadeador de uma nova crise. Nesse sentido, fazendo parte de um procedimento defensivo para evitar que novas crises ocorram, vão se produzindo diferentes tipos de fobia.
E assim vai se circunscrevendo um quadro cuja principal característica é um medo revestido de irracionalidade já que o medo é impalpável, invisível, ilógico.
Consequentemente, de uma maneira gradativa, a vida cotidiana das pessoas acometidas dessa síndrome, vai se tornando restrita. De tal forma as limitações vão se impondo que o resultado é uma dramática incapacidade de dirigir a própria vida. As mais simples tarefas, já tão familiares, tornam-se barreiras intransponíveis. As dificuldades vão surgindo de forma interrelacionada e aumentando progressivamente. Muitas pessoas perdem o emprego enquanto lutam contra esse mal. Subitamente se percebem inundadas por um sentimento de total impotência e incompetência, cujos motivos, até então invisíveis, começam a ser percebidos no meio social a partir dos gradativos fracassos que se infiltram, pouco a pouco, perpassando todos os setores da vida. As restrições vão se impondo sucessivamente a tal ponto que o indivíduo pode mesmo vir a se encontrar enclausurado em sua própria casa (agorafobia), inteiramente dependente de terceiros. Infelizmente um grande número de pessoas com a Síndrome do Pânico, devido à falta de informação e de acesso a tratamento adequado, buscam alívio no álcool e nas drogas.
A cura não se dá de forma espontânea, o que significa que a sintomatologia não desaparece a menos que a pessoa receba tratamento específico, especializado, para que seja eficaz.
Atualmente, o tipo de tratamento para a Síndrome do Pânico que vem obtendo bons resultados tem se baseado nas recentes contribuições de estudos e pesquisas inspiradas numa visão integrada do ser humano ¾ psico-soma. Isso significa, em termos de tratamento, associar psicoterapia e medicamentos. Enquanto a psicoterapia auxilia a compreensão dos motivos do pânico e estimula as mudanças de atitudes necessárias para eliminá-lo, os medicamentos, em casos onde o quadro sintomatológico é mais intenso, garantem à pessoa o equilíbrio necessário para poder se beneficiar da psicoterapia.
O processo psicoterapêutico, em geral, leva alguns meses. Quando bem conduzido, num primeiro momento, evita as crises ou pelo menos reduz substancialmente a intensidade e a frequência delas, trazendo alívio significativo. Na medida em que vão ocorrendo as sessões psicoterapêuticas o paciente vai aprendendo mais sobre os seus sintomas, sobre si mesmo, e, sobretudo, aprendendo a agir em conformidade com essas descobertas ou novas percepções. Por conseguinte, ao familiarizar-se com suas potencialidades o paciente se tornará o próprio agente da mudança de seu estado ao invés de envergonhar-se dele.
Com efeito, esse é o passo mais difícil porém decisivo na medida em que funcionará como o elemento detonador do processo de cura. Tal atitude, que será obtida no próprio processo psicoterapêutico, fornecerá os meios necessários para que a pessoa acometida da Síndrome do Pânico se perceba capacitada para alcançar com sucesso a eliminação de tal mal. Trata-se de uma atitude imprescindível para a conquista da cura, e que pode ser traduzida por: reapropriação do respeito por si próprio.



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

TRANSTORNOS MENTAIS EM IDOSOS

No CAPS GERAL SER VI, de 5 a 10% aproximadamente de nossos usuários é de idosos.
A velhice é um período normal do ciclo vital caracterizado por algumas mudanças físicas, mentais e psicológicas. É importante fazer essa consideração pois algumas alterações nesses aspectos não caracterizam necessariamente uma doença. Em contrapartida, há alguns transtornos que são mais comuns em idosos como transtornos depressivos, transtornos cognitivos, fobias e transtornos por uso de álcool. Além disso, os idosos apresentam risco de suicídio e risco de desenvolver sintomas psiquiátricos induzidos por medicamentos.
Muitos transtornos mentais em idosos podem ser evitados, aliviados ou mesmo revertidos. Conseqüentemente, uma avaliação médica se faz necessária para o esclarecimento do quadro apresentado pelo idoso.
Diversos fatores psicossociais de risco também predispõem os idosos a transtornos mentais. Esses fatores de risco incluem:
Perda de papéis sociais
Perda da autonomia
Morte de amigos e parentes
Isolamento social
Restrições financeiras
Redução do funcionamento cognitivo (capacidade de compreender e pensar de uma forma lógica, com prejuízo na memória).
Transtornos psiquiátricos mais comuns em idosos.
Demência
Demência vascular
Esquizofrenia
Transtornos depressivos
Transtorno bipolar (do humor);
Transtorno delirante;
Transtornos de ansiedade;
Transtornos somatoformes;
Transtornos por uso de álcool e outras substâncias.
Demência
Demência é um comprometimento cognitivo geralmente progressivo e irreversível. As funções mentais anteriormente adquiridas são gradualmente perdidas. Com o aumento da idade a demência torna-se mais freqüente. Acomete 5 a 15% das pessoas com mais de 65 anos e aumenta para 20% nas pessoas com mais de 80 anos.
Os fatores de risco conhecidos para a demência são: Idade avançada História de demência na família Sexo feminino.
Os sintomas incluem alterações na memória, na linguagem, na capacidade de orientar-se. Há perturbações comportamentais como agitação, inquietação, andar a esmo, raiva, violência, gritos, desinibição sexual e social, impulsividade, alterações do sono, pensamento ilógico e alucinações.
As causas de demência incluem lesões e tumores cerebrais, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), álcool, medicamentos, infecções, doenças pulmonares crônicas e doenças inflamatórias. Na maioria das vezes as demências são causadas por doenças degenerativas primárias do sistema nervoso central (SNC) e por doença vascular. Cerca de 10 a 15% dos pacientes com sintomas de demência apresentam condições tratáveis como doenças sistêmicas (doenças cardíacas, renais, endócrinas), deficiências vitamínicas, uso de medicamentos e outras doenças psiquiátricas (depressão).
As demências são classificadas em vários tipos de acordo com o quadro clínico, entretanto as mais comuns são demência tipo Alzheimer e demência vascular.

Demência tipo Alzheimer
De todos os pacientes com demência, 50 a 60% têm demência tipo Alzheimer, o tipo mais comum de demência. É mais freqüente em mulheres que em homens. É caracterizada por um início gradual e pelo declínio progressivo das funções cognitivas. A memória é a função cognitiva mais afetada, mas a linguagem e noção de orientação do indivíduo também são afetadas. Inicialmente, a pessoa pode apresentar uma incapacidade para aprender e evocar novas informações.
As alterações do comportamento envolvem depressão, obsessão (pensamento, sentimento, idéia ou sensação intrusiva e persistente) e desconfianças, surtos de raiva com risco de atos violentos. A desorientação leva a pessoa a andar sem rumo podendo ser encontrada longe de casa em uma condição de total confusão. Aparecem também alterações neurológicas como problemas na marcha, na fala, no desempenhar uma função motora e na compreensão do que lhe é falado.
O diagnóstico é feito com base na história do paciente e do exame clínico. As técnicas de imagem cerebral como tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser úteis.
O tratamento é paliativo e as medicações podem ser úteis para o manejo da agitação e das perturbações comportamentais. Não há prevenção ou cura conhecidas.

Demência vascular
É o segundo tipo mais comum de demência. Apresenta as mesmas características da demência tipo Alzheimer mas com um início abrupto e um curso gradualmente deteriorante. Pode ser prevenida através da redução de fatores de risco como hipertensão, diabete, tabagismo e arritmias. O diagnóstico pode ser confirmado por técnicas de imagem cerebral e fluxo sangüíneo cerebral.

Esquizofrenia (esquizofrenia e outras psicoses)
Essa doença começa no final da adolescência ou idade adulta jovem e persiste por toda a vida. Cerca de 20% das pessoas com esquizofrenia não apresentam sintomas ativos aos 65 anos; 80% mostram graus variados de comprometimento. A doença torna-se menos acentuada à medida que o paciente envelhece.
Os sintomas incluem retraimento social, comportamento excêntrico, pensamento ilógico, alucinações e afeto rígido. Os idosos com esquizofrenia respondem bem ao tratamento com drogas antipsicóticas que devem ser administradas pelo médico com cautela.

Transtornos depressivos
A idade avançada não é um fator de risco para o desenvolvimento de depressão, mas ser viúvo ou viúva e ter uma doença crônica estão associados com vulnerabilidade aos transtornos depressivos. A depressão que inicia nessa faixa etária é caracterizada por vários episódios repetidos.
Os sintomas incluem redução da energia e concentração, problemas com o sono especialmente despertar precoce pela manhã e múltiplos despertares, diminuição do apetite, perda de peso e queixas somáticas (como dores pelo corpo). Um aspecto importante no quadro de pessoas idosas é a ênfase aumentada sobre as queixas somáticas.
Pode haver dificuldades de memória em idosos deprimidos que é chamado de síndrome demência da depressão que pode ser confundida com a verdadeira demência. Além disso, a depressão pode estar associada com uma doença física e com uso de medicamentos.

Transtorno bipolar (transtornos do humor)
Os sintomas da mania em idosos são semelhantes àqueles de adultos mais jovens e incluem euforia, humor expansivo e irritável, necessidade de sono diminuída, fácil distração, impulsividade e, freqüentemente, consumo excessivo de álcool. Pode haver um comportamento hostil e desconfiado. Quando um primeiro episódio de comportamento maníaco ocorre após os 65 anos, deve-se alertar para uma causa orgânica associada. O tratamento deve ser feito com medicação cuidadosamente controlada pelo médico.

Transtorno delirante
A idade de início ocorre por volta da meia-idade mas pode ocorrer em idosos. Os sintomas são alterações do pensamento mais comumente de natureza persecutória (os pacientes crêem que estão sendo espionados, seguidos, envenenados ou de algum modo assediados). Podem tornar-se violentos contra seus supostos perseguidores, trancarem-se em seus aposentos e viverem em reclusão. A natureza dos pensamentos pode ser em relação ao corpo, como acreditar ter uma doença fatal (hipocondria).
Ocorre sob estresse físico ou psicológico em indivíduos vulneráveis e pode ser precipitado pela morte do cônjuge, perda do emprego, aposentadoria, isolamento social, circunstâncias financeiras adversas, doenças médicas que debilitam ou por cirurgia, comprometimento visual e surdez.
As alterações do pensamento podem acompanhar outras doenças psiquiátricas que devem ser descartadas como demência tipo Alzheimer, transtornos por uso de álcool, esquizofrenia, transtornos depressivos e transtorno bipolar. Além disso, podem ser secundárias ao uso de medicamentos ou sinais precoces de um tumor cerebral.

Transtornos de ansiedade
Incluem transtornos de pânico, fobias, TOC, ansiedade generalizada, de estresse agudo e de estresse pós-traumático. Desses, os mais comuns são as fobias.
Os transtornos de ansiedade começam no início ou no período intermediário da idade adulta, mas alguns aparecem pela primeira vez após os 60 anos.
As características são as mesmas das descritas em transtornos de ansiedade em outras faixas etárias.
Em idosos a fragilidade do sistema nervoso autônomo pode explicar o desenvolvimento de ansiedade após um estressor importante. O transtorno de estresse pós-traumático freqüentemente é mais severo nos idosos que em indivíduos mais jovens em vista da debilidade física concomitante nos idosos.
As obsessões (pensamento, sentimento, idéia ou sensação intrusiva e persistente) e compulsões (comportamento consciente e repetitivo como contar, verificar ou evitar ou um pensamento que serve para anular uma obsessão) podem aparecer pela primeira vez em idosos, embora geralmente seja possível encontrar esses sintomas em pessoas que eram mais organizadas, perfeccionistas, pontuais e parcimoniosas. Tornam-se excessivos em seu desejo por organização, rituais e necessidade excessiva de manter rotinas. Podem ter compulsões para verificar as coisas repetidamente, tornando-se geralmente inflexíveis e rígidos.

Transtornos somatoformes
São um grupo de transtornos que incluem sintomas físicos (por exemplo dores, náuseas e tonturas) para os quais não pode ser encontrada uma explicação médica adequada e que são suficientemente sérios para causarem um sofrimento emocional ou prejuízo significativo à capacidade do paciente para funcionar em papéis sociais e ocupacionais. Nesses transtornos, os fatores psicológicos são grandes contribuidores para o início, a severidade e a duração dos sintomas. Não é resultado de simulação consciente.
A hipocondria é comum em pacientes com mais de 60 anos, embora o seja mais freqüente entre 40 e 50 anos. Exames físicos repetidos são úteis para garantirem aos pacientes que eles não têm uma doença fatal. A queixa é real, a dor é verdadeira e percebida como tal pelo paciente. Ao tratamento, deve-se dar um enfoque psicológico ou farmacológico.

Transtornos por uso de álcool e outras substâncias
Os pacientes idosos com dependência de álcool, geralmente, apresentam uma história de consumo excessivo que começou na idade adulta e apresenta uma doença médica, principalmente doença hepática. Além disso, um grande número tem demência causada pelo álcool.
A dependência de substâncias como hipnóticos, ansiolíticos e narcóticos é comum. Os pacientes idosos podem abusar de ansiolíticos para o alívio da ansiedade crônica ou para garantirem uma noite de sono.
A apresentação clínica é variada e inclui quedas, confusão mental, fraca higiene pessoal, depressão e desnutrição.



Ano Novo!
O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA. Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho? Quero viver bem. Se 2010, foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal! Às vezes se espera demais das pessoas. Normal! Grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor machucou. Normal! Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?  O que eu desejo para todos nós é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim... Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3, a dos amigos.Ou mude de classe, transforme-o em colega. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que gosto muito): CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE.
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial. 2011 pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.
Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. 2011 pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular...
Depende de mim, de você! Pode ser. E que seja!!! Feliz olhar novo!!!
Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles!
Que DEUS nos abençoe, pois sobre sua graça será um 2011 de muita realizações!